O episcopado e as festas na cidade do Rio de Janeiro no século XVIII: o veto aos batuques

Autores

  • Beatriz Catão Cruz Santos Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.4013/hist.2020.243.11

Resumo

O artigo analisa a regulamentação do episcopado sobre as festas no bispado do Rio de Janeiro no século XVIII, a partir de pastorais e editais localizados no Arquivo da Cúria Metropolitana do Rio de Janeiro. Considera-se a ação dos bispos reformadores D. Antônio de Guadalupe, D. Frei João da Cruz, D. Antônio do Desterro, D. José Castelo Branco e D. José da Silva Coutinho. Interessa examinar essas normas, de cunho disciplinar e rigorista, assim como refletir sobre as artes de governar no Antigo Regime. As normas incidem sobre as festas através da música, das danças, das vestimentas e de um enquadramento espaço-temporal. Dentre elas, destaca-se uma pastoral contra os batuques, cujo sentido vai além da exclusão de elementos associados à população africana e afrodescendente. O artigo faz um inventário do termo batuque e discute com a historiografia da diáspora, para refletir se é possível associar as manifestações cerceadas pela pastoral aos grupos de cultura centro-africana.

Biografia do Autor

Beatriz Catão Cruz Santos, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Professora associada de História Moderna no Instituto de História

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Publicado

2020-09-28