O jogo enquanto vida moralmente correta: hedonismo utilitário, a ética do jogo?
DOI:
https://doi.org/10.4013/fem.2011.133.01Resumo
Jogamos porque é divertido e porque nos dá prazer, mas exatamente o que isso significa? Esse artigo explora a conexão entre o ato de jogar e a filosofia do prazer, do hedonismo utilitário. Hedonismo, nesse contexto, não é compreendido apenas como um sistema de pensamento sobre si mesmo com prazer e desfrute, mas uma maneira de observar o jogar como um ato moral. É possível estudar o prazer, e o jogo pode ser desfrutado não apenas por seus mecanismos e valores sociais, mas também por seus valores enquanto um modelo para e como parte de uma boa vida moral? Para facilitar essa discussão, o presente artigo está embasado na filosofia do hedonismo utilitário, posicionando o hedonismo não como um sistema de indulgência imprudente, mas como uma filosofia de esforço comum em direção a um aumento geral no nível de fruição por todos os envolvidos. Baseado na experiência como jogador, tanto quanto na pesquisa sobre comportamento dos jogadores e no conhecimento sobre o sistema dos jogos, esse artigo demonstra como jogar pode ser visto como uma lição importante para o aumento de prazer para todos. A presente pesquisa aborda os games através da observação do uso e do significado do conceito de prazer. As muitas tentativas de pesquisa para isolar formulas simples para o “bom jogo” parecem falhas e simplistas a partir desse ponto de vista. A filosofia do hedonismo argumenta que “bom”, “prazeroso” e “divertido” são conceitos muito subjetivos, e que apesar de um grande grupo de pessoas poder concordar que um jogo é “bom”, essa concordância nem sempre se dá no que diz respeito sobre o quê exatamente faz o jogo bom. A natureza individual, subjetiva e situacional do prazer desafia as tentativas de criar uma formula, tanto para pesquisadores como para designers para desfrutar o jogo.
Palavras-chave: Jogo, prazer, hedonismo.
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