A Versenkung mística diante da ética hermenêutica de Vattimo
DOI:
https://doi.org/10.4013/5363Resumo
Gianni Vattimo associa “mística” e metafísica. O “esquecimento do ser” seria co-extensivo ao abandono (Gelassenheit) ou ao “perder-se” (Versenkung) místico no absoluto. A partir disso, o artigo analisa a pertinência e a possibilidade de a hermenêutica vattimiana remeter-se à (Verwindung) “mística” para superá-la. A perspectiva da ética hermenêutica de Vattimo defende que a história da modernidade, em seu niilismo e em sua secularização, guarda os traços da história da salvação inaugurada pela perspectiva judaicocristã. O “perder-se místico” contradiz a experiência paulina de preparação da parusía. Escorando-se em Heidegger, o fi lósofo italiano defende que, frente à iminente parusía, a autenticidade da experiência temporal, para o cristão paulino, significou o suportar, com fé, a tribulação presente na caducidade da contingência histórica, impedindo a Versenkung mística e sua respectiva evasão nos empenhos do cotidiano. A favor desse empenho, vislumbra-se a cáritas, inaugurada no ocidente pela kénosis, como o melhor critério de autenticidade para uma espiritualidade contemporânea; pois, esta, a cáritas, implicaria, em sua oposição à violência implícita do fundamento absoluto, o reconhecimento do vínculo entre o espiritual e o ocidente niilista e secularizado.
Palavras-chave: Versenkung mística, metafísica, hermenêutica, niilismo, Vattimo.Downloads
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