Aristóteles e as teorias pré-platônicas de percepção sensorial e conhecimento

Autores

  • Luis Andrés Bredlow

DOI:

https://doi.org/10.4013/4648

Resumo

Este artigo é uma tentativa de entender a polêmica afirmação – que, se entendida literalmente, está evidentemente errada – de Aristóteles de que os pensadores antigos deixaram globalmente de distinguir o pensamento e conhecimento da sensação. Como tentarei mostrar, o que esses pensadores não tinham, na opinião de Aristóteles, era seu próprio conceito de intelecto (noûs) como uma faculdade mental distinta e correlativa a formas (eide). Não tendo um conceito de “formas” (causas formais e finais), os pensadores pré-platônicos, na compreensão de Aristóteles, só podiam conceber processos cognitivos como “alterações”, isto é, num nível meramente físico de descrição, o que os tornava incapazes de explicar a diferença entre a verdade e o erro: por causa disso, sustenta Aristóteles em Met. ? 5, eles prepararam, sem querer, o caminho para o relativismo de Protágoras. Esta reconstrução também nos permitirá ter uma compreensão mais coerente de algumas das críticas feitas por Aristóteles a Parmênides e Melisso. Por fim, destacarei brevemente algumas analogias e diferenças entre a teoria da cognição de Aristóteles e teorias funcionalistas da filosofia da mente contemporânea.

Palavras-chave: Aristóteles, pré-socráticos, teoria do conhecimento, percepção sensorial, relativismo, Parmênides, fi losofi a da mente.

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Publicado

2021-06-07

Como Citar

BREDLOW, L. A. Aristóteles e as teorias pré-platônicas de percepção sensorial e conhecimento. Filosofia Unisinos, São Leopoldo, v. 11, n. 3, p. 204–224, 2021. DOI: 10.4013/4648. Disponível em: https://revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/4648. Acesso em: 5 maio. 2025.