Para uma leitura (não-)realista de Michel Foucault
DOI:
https://doi.org/10.4013/fsu.2023.243.03Palavras-chave:
Foucault, realismo, ficcionalismo.Resumo
O estatuto do realismo em Foucault, apesar de elaborado insistentemente, permanece elíptico – em parte graças à sua associação a proposições que poderíamos denominar ficcionalistas. Através dos textos onde Foucault aborda os nexos de pertencimento entre ficção, universalidade e facticidade, o artigo propõe uma leitura não-realista de suas pesquisas, caracterizada pela recusa não do real enquanto objeto, mas de sua evidência ontológica. Inicialmente, trata da apresentação das insuficiências das interpretações que exigem uma ontologia – como a de Paul Veyne –, bem como das que a substituem pela excepcionalidade da criação – como a de Michel de Certeau. Em seguida, detalha a questão da literatura como paradigma metodológico, especialmente nas referências de Foucault à obra de René Char. Enfim, mostra em que sentido a enunciação do discurso da arqueogenealogia está mais próximo do (não-)realismo de Fichte – no seu improvável encontro com Blanchot – do que da dialética hegeliana.
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