Notas sobre o princípio de causalidade na Terceira Meditação de Descartes
DOI:
https://doi.org/10.4013/fsu.2017.181.02Resumen
Na Terceira Meditação das Meditações Metafísicas, Descartes afirma ser manifesto pela luz natural que “deve haver ao menos tanta realidade na causa eficiente e total quanto no seu efeito” (AT, VII, p. 40). O que essa formulação do princípio de causalidade parece afirmar é que o efeito jamais pode ser mais real que sua causa. Entretanto, no decorrer do texto da Terceira Meditação, Descartes faz o que à primeira vista parecem ser especificações da formulação acima exposta. Além de deixar explícito que o nada não pode produzir coisa alguma e que aquilo que tem mais perfeição, mais realidade não pode provir do que é menos perfeito (o que seria uma breve explicação da formulação do princípio de causalidade), ele chama atenção, em uma instanciação do princípio, para o fato de que o efeito não somente não pode ter mais grau de realidade que a causa, como ele deve estar de alguma maneira contido na causa que o produziu, formalmente ou eminentemente. O que seriam essas especificações, explicações adicionais ao princípio revelado pela luz natural, ou acréscimos de conteúdo ao princípio? O objetivo deste artigo é discutir quais e quantas são as formulações do princípio de causalidade na Terceira Meditação de Descartes.
Palavras-chave: Descartes, princípio de causalidade, princípio de contenção, princípio de preexistência, princípio de comunicação.
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