Deixando a linguagem ser: reflexões sobre o método enativo

Autores

  • Elena Clare Cuffari Franklin and Marshall College Department of Psychology Scientific and Philosophical Studies of Mind https://orcid.org/0000-0001-5714-3297
  • Ezequiel A. Di Paolo Ikerbasque, Basque Foundation for Science, Bizkaia, Spain Centre for Computational Neuroscience and Robotics, University of Sussex, Brighton, UK. IAS-Research Center for Life, Mind and Society, University of the Basque Country, Donostia, Spain https://orcid.org/0000-0002-3296-5021
  • Hanne De Jaegher IAS-Research Center for Life, Mind and Society, University of the Basque Country, Donostia, Spain ChatLab, School of Psychology, University of Sussex, Brighton UK https://orcid.org/0000-0001-7273-6410

DOI:

https://doi.org/10.4013/fsu.2021.221.14

Resumo

Impulsionados por nossos comentadores, consideramos esta resposta uma oportunidade para esclarecer as premissas, atitudes e métodos de nossa abordagem enativa da linguagem humana [human languaging]. Ressaltamos a necessidade de reconhecer que qualquer investigação, particularmente sobre a linguagem, é sempre uma atividade concretamente situada e auto-fundamentada; nossa atitude como pesquisadores é do saber como engajamento com nosso tópico. Nossa tarefa, formular as categorias ausentes que podem unir a ciência cognitiva incorporada à pesquisa sobre linguagem, requer evitar abstrações prematuras e esclarecer as múltiplas circularidades em jogo. Nosso método escolhido é dialético, o que suscitou várias observações interessantes às quais respondemos, particularmente com respeito ao que esse método significa para a epistemologia e ontologia enativas. Também esclarecemos a importante questão de como melhor conceber as várias habilidades sociais que progressivamente identificamos com nosso método e que estão em jogo na linguagem humana [human languaging]. Essas habilidades são socialmente constituídas ou apenas aprendidas socialmente? A diferença, novamente, leva a um esclarecimento de que atos, habilidades, atores e interações devem ser concebidos como categorias co-emergentes. Ilustramos alguns desses pontos com uma discussão de um exemplo de aspectos do modelo em jogo em um estudo sobre a entrega de presentes na China.

Palavras-chave: Epistemologia enativa, Ontologia enativa, Dialética, Linguagem, Saber-como compartilhado.

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Publicado

2021-03-15

Edição

Seção

Dossier