Deixando a linguagem ser: reflexões sobre o método enativo
DOI:
https://doi.org/10.4013/fsu.2021.221.14Resumo
Impulsionados por nossos comentadores, consideramos esta resposta uma oportunidade para esclarecer as premissas, atitudes e métodos de nossa abordagem enativa da linguagem humana [human languaging]. Ressaltamos a necessidade de reconhecer que qualquer investigação, particularmente sobre a linguagem, é sempre uma atividade concretamente situada e auto-fundamentada; nossa atitude como pesquisadores é do saber como engajamento com nosso tópico. Nossa tarefa, formular as categorias ausentes que podem unir a ciência cognitiva incorporada à pesquisa sobre linguagem, requer evitar abstrações prematuras e esclarecer as múltiplas circularidades em jogo. Nosso método escolhido é dialético, o que suscitou várias observações interessantes às quais respondemos, particularmente com respeito ao que esse método significa para a epistemologia e ontologia enativas. Também esclarecemos a importante questão de como melhor conceber as várias habilidades sociais que progressivamente identificamos com nosso método e que estão em jogo na linguagem humana [human languaging]. Essas habilidades são socialmente constituídas ou apenas aprendidas socialmente? A diferença, novamente, leva a um esclarecimento de que atos, habilidades, atores e interações devem ser concebidos como categorias co-emergentes. Ilustramos alguns desses pontos com uma discussão de um exemplo de aspectos do modelo em jogo em um estudo sobre a entrega de presentes na China.
Palavras-chave: Epistemologia enativa, Ontologia enativa, Dialética, Linguagem, Saber-como compartilhado.
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