A arte de pensar: método e subjetividade na Lógica de Port-Royal
DOI:
https://doi.org/10.4013/fsu.2017.183.05Resumo
A Lógica ou a Arte de Pensar (1683), também chamada de Lógica de Port-Royal, é um manual híbrido exemplar dos reformistas modernos. O seu reformismo é marcado pela influência de Descartes, que introduz o sujeito epistêmico e lógico no solo da justificação do conhecimento e do juízo. Um olhar sobre os compromissos de método presentes neste texto pode lançar uma luz sobre o entrelaçamento entre epistemologia e lógica. É nessa perspectiva que se impõe uma análise do uso da noção aristotélica de “techné”, como “arte de fazer bem qualquer coisa”, em um domínio lógico, que os autores do manual fazem. Como pretendo deixar claro, as ações mentais constitutivas da lógica como prática reflexiva determinam a dinâmica assertiva do manual, onde as ordens do conhecimento e do juízo não se relacionam de maneira fixa. E deixam claro o caráter não-trivial da arte de pensar, como uma exigência de método.
Palavras-chave: Port-Royal, juízo, Arte de Pensar, reformismo lógico, cartesianismo.
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