Poder absoluto e conhecimento moral
DOI:
https://doi.org/10.4013/4642Resumo
Neste estudo, busca-se obter melhor compreensão da teoria ética do filósofo franciscano João Duns Scotus, em especial do assim chamado caráter “voluntarista” da sua teoria e, ao mesmo tempo, da sua acessibilidade racional. Nesse sentido, através de uma análise detalhada da distinção entre poder absoluto (potentia absoluta) e poder ordenado (potentia ordinata), quer-se clarificar o que é, para Scotus, o caráter legal ou prescritivo de regras de ação e qual é a fundamentação última de proposições morais. Para esse propósito, o estudo, que metodologicamente prioriza a investigação do tema a partir de Reportatio examinata I d. 44 q. 1, oferece primeiramente uma exposição do significado explícito de potentia absoluta e de potentia ordinata. Depois disso, dá-se ênfase à relação entre os dois poderes e a natureza das verdades morais e também a duas distinções – respectivas a preceitos de lei – que explicam como a revogação e a modificação de uma lei ou ordem de leis estabelecida ganham vez na perspectiva de um legislador absoluto.
Palavras-chave: João Duns Scotus, poder absoluto, poder ordenado, princípios morais, conhecimento moral, ética dos comandos divinos, lei natural.Downloads
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