Motivos e teoria moral em Hume
DOI:
https://doi.org/10.4013/fsu.2025.262.02Palavras-chave:
motivos, teoria moral, sentimentalismo moral, simpatia, Hume.Resumo
O sentimentalismo moral de Hume se assenta sobre a praticalidade da moralidade. Em função de que o objeto das “distinções morais” se apresenta em ações humanas, a vontade e os seus motivos são decisivos para a natureza dessas distinções. Após explicar o que é próprio à dimensão moral de uma ação, analiso o princípio que, segundo Hume, nos leva a “sair de nós mesmos” para que a moralidade das ações se constitua. Mas é somente sua operação do ponto de vista de um “espectador judicioso”, que é capaz de formar um juízo “estável das coisas” por pautá-lo pela influência e efeito das ações sobre as pessoas afetadas por elas, que nos faculta os termos morais que utilizamos para traçar nossas distinções morais. Argumento neste texto que essa base é suficiente para que a moralidade nos apresente os motivos para agirmos moralmente em relação às pessoas envolvidas nessa situação de apreciação moral. E a razão para tal é que a expansão sentimental constitutiva da moralidade é a expansão da nossa humanidade comum que não nos é indiferente. Desse modo, a teoria moral humeana dá sustentação à moralidade das ações. A conclusão é que a máxima de Hume se revela inconteste: precisamos supor “um motivo para a ação [moral] distinto de um senso de dever”. É o “princípio antecedente da humanidade que é meritório e louvável”.
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