Nem tão arriscado. Como assumir uma posição razoável sobre o melhoramento humano
DOI:
https://doi.org/10.4013/fsu.2022.233.05Resumo
Seguindo uma tendência das abordagens bioéticas/em ética aplicada, uma das características frustrantes dos estudos sobre o melhoramento humano tecnológico é a sua tendência dicotômica. Muitas vezes, os benefícios e riscos do melhoramento humano tecnológico são afirmados de modo teorica e empiricamente vago, polarizado e não ponderado. Isto ‘emperra’ o debate no problemático estágio ‘prós versus contras’, ensejando a adoção de posições extremistas. Nesse artigo, abordaremos um lado do problema: o foco sobre os riscos e a abordagem imprecisa destes. O que motiva nossa abordagem é a identificação das fragilidades decorrentes da utilização do conceito de risco na retórica anti-melhoramento, bem como a heurística do medo e o princípio de precaução em que esta corrente se baseia. Assim, ‘dando um passo atrás’ para avançar no debate, nosso objetivo é estabelecer alguns fundamentos teóricos relativos ao conceito de risco, reconhecendo, ao mesmo tempo, a sua complexidade e importância para o debate. Além do conceito de risco, enfatizamos o conceito de risco existencial, e fazemos algumas considerações sobre os desafios epistêmicos. Por fim, destacamos as características centrais de abordagens mais promissoras para fazer o debate avançar.
Palavras-chave: Tecnologias de melhoramento humano, risco, incerteza, problema conceitual, desafios epistêmicos.
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Copyright (c) 2022 Murilo Mariano Vilaça, Andrea Lavazza

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