Nem tão arriscado. Como assumir uma posição razoável sobre o melhoramento humano

Autores

DOI:

https://doi.org/10.4013/fsu.2022.233.05

Resumo

Seguindo uma tendência das abordagens bioéticas/em ética aplicada, uma das características frustrantes dos estudos sobre o melhoramento humano tecnológico é a sua tendência dicotômica. Muitas vezes, os benefícios e riscos do melhoramento humano tecnológico são afirmados de modo teorica e empiricamente vago, polarizado e não ponderado. Isto ‘emperra’ o debate no problemático estágio ‘prós versus contras’, ensejando a adoção de posições extremistas. Nesse artigo, abordaremos um lado do problema: o foco sobre os riscos e a abordagem imprecisa destes. O que motiva nossa abordagem é a identificação das fragilidades decorrentes da utilização do conceito de risco na retórica anti-melhoramento, bem como a heurística do medo e o princípio de precaução em que esta corrente se baseia. Assim, ‘dando um passo atrás’ para avançar no debate, nosso objetivo é estabelecer alguns fundamentos teóricos relativos ao conceito de risco, reconhecendo, ao mesmo tempo, a sua complexidade e importância para o debate. Além do conceito de risco, enfatizamos o conceito de risco existencial, e fazemos algumas considerações sobre os desafios epistêmicos. Por fim, destacamos as características centrais de abordagens mais promissoras para fazer o debate avançar.

Palavras-chave: Tecnologias de melhoramento humano, risco, incerteza, problema conceitual, desafios epistêmicos.

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Biografia do Autor

Murilo Mariano Vilaça, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Pesquisador Associado da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP). Departamento de Direitos Humanos, Saúde e Diversidade Cultural (DIHS). Docente permanente do Programa de Pós-graduação em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva (PPGBIOS).

Andrea Lavazza, Centro Universitario Internazionale (Arezzo). University of Pavia, Italy.

Pesquisadora no Centro Universitario Internazionale, Arezzo, Italy. 

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Publicado

2022-11-16

Como Citar

VILAÇA, M. M.; LAVAZZA, A. Nem tão arriscado. Como assumir uma posição razoável sobre o melhoramento humano. Filosofia Unisinos, São Leopoldo, v. 23, n. 3, p. 1–16, 2022. DOI: 10.4013/fsu.2022.233.05. Disponível em: https://revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/25263. Acesso em: 29 abr. 2025.

Edição

Seção

Artigos