John Locke e a Identidade Pessoal: Um Impasse Relativo à Justiça

Autores

DOI:

https://doi.org/10.4013/fsu.2022.233.06

Resumo

No capítulo "Da Identidade e da Diversidade" do Ensaio sobre o Entendimento Humano, Locke sustenta que a identidade pessoal depende da consciência e que é na identidade pessoal que a justiça se funda. Todavia, essa compreensão de justiça conduz a um impasse nos casos em que o réu alega não ter consciência do crime e, portanto, não se identificar como a pessoa que o realizou: se não é possível determinar que se trata da mesma pessoa, pode-se dizer que a punição seja justa? O presente artigo tem como objetivo (i) analisar esse impasse explicando (a) o arcabouço conceitual que o constitui e (b) seu desdobramento na troca de cartas entre Locke e Molyneux a fim de (ii) apresentar uma crítica à resposta de Locke. Em comparação com a bibliografia secundária, na qual uma objeção à resposta de Locke encontra-se bem assentada, a contribuição do presente artigo consiste em propor uma nova objeção, explorando a dualidade de perspectivas entre primeira e terceira pessoa, e em mostrar que, confrontado por Molyneux, Locke se evadiu de enfrentar o ponto conceitual necessário para fornecer uma resposta satisfatória ao impasse.

Palavras-Chave: Locke, Molyneux, identidade pessoal, justiça.

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Biografia do Autor

Flavio Fontenelle Loque, Universidade Federal de Lavras

Professor adjunto da Universidade Federal de Lavras. Professor do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFLA

 

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Publicado

2022-11-16

Como Citar

FONTENELLE LOQUE, F. John Locke e a Identidade Pessoal: Um Impasse Relativo à Justiça. Filosofia Unisinos, São Leopoldo, v. 23, n. 3, p. 1–13, 2022. DOI: 10.4013/fsu.2022.233.06. Disponível em: https://revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/23973. Acesso em: 19 set. 2025.

Edição

Seção

Artigos