Diferentes maneiras de ser emocional em relação ao passado

Autores

DOI:

https://doi.org/10.4013/fsu.2022.233.08

Resumo

De acordo com Dorothea Debus (2007), todos os aspectos emocionais relacionados a um ato de lembrar são presentes e novas respostas emocionais ao evento passado lembrado. Esta é uma concepção comum da natureza do aspecto emocional das memórias pessoais, se não explicitamente defendida, pelo menos implicitamente aceita na literatura. Neste artigo, eu primeiro critico os argumentos de Debus e demonstro que ela não nos dá razões válidas para acreditar que todos os aspectos emocionais relacionados a uma memória são presentes e novas respostas emocionais a esse evento passado. Em seguida, critico a tese de Debus tout court por ser uma consequência direta de assumir uma conceituação particular da natureza das emoções: as emoções como mudanças fisiológicas. Finalmente, com base em uma conceituação diferente de emoções que se concentra em sua natureza relacional, proponho um quadro alternativo para analisar os diferentes aspectos emocionais possíveis de nossas memórias pessoais. Isso me leva a concluir, ao contrário de Debus, que alguns aspectos emocionais de nossas memórias não são emoções ocorrentes, mas são melhor concebidos como uma espécie de quase-emoção.

Palavras-chave: Memória pessoal, emoção, quase-emoção, avaliação.

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Biografia do Autor

Marina Trakas, Instituto de Investigaciones Filosóficas (IIF), Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET, Argentina)

Pesquisadora de Pós-doutorado no CONICET

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Publicado

2022-11-16

Como Citar

TRAKAS, M. Diferentes maneiras de ser emocional em relação ao passado. Filosofia Unisinos, São Leopoldo, v. 23, n. 3, p. 1–14, 2022. DOI: 10.4013/fsu.2022.233.08. Disponível em: https://revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/23356. Acesso em: 29 abr. 2025.

Edição

Seção

Artigos