Um problema conceitual na Nova Indução de Stanford
DOI:
https://doi.org/10.4013/fsu.2022.231.10Resumo
O problema das alternativas não concebidas (ou a Nova Indução Pessimista) afirma que, dado que cientistas do passado falharam recorrentemente em conceber alternativas teóricas relevantes para certos domínios da ciência, então cientistas atuais provavelmente falham do mesmo modo. Portanto, podem haver teorias que ainda estão além da imaginação dos cientistas, e não devemos endossar uma atitude realista perante a ciência atual. Neste artigo, desenvolvo um enigma conceitual para a formulação desse problema: o que significa dizer que os cientistas falharam em conceber uma teoria relevante? O enigma é agravado, porquanto nenhuma noção simples de relevância é capaz de manter a Nova Indução tão plausível quanto ela parece inicialmente. Considero três interpretações mais óbvias de relevância: relevância como probabilidade objetiva; relevância como probabilidade epistêmica avaliada pelos cientistas atuais; e relevância como probabilidade epistêmica avaliada pelos cientistas do passado. Argumento que assumir qualquer dessas três interpretações resulta em dificuldades para a Nova Indução, e por isso seus proponentes não devem tomar a noção de relevância como dada. Uma definição mais precisa de relevância é essencial para compreender quais dificuldades circundam o problema das alternativas não concebidas enquanto um problema epistêmico. Até então, tal definição não existe.
Palavras-chave: Realismo científico, alternativas não concebidas, Kyle Stanford, Nova Indução, Meta-Indução Pessimista.
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