O CORPO EM (DES) ORDEM: ENTRE A FALTA E O ABSURDO
DOI:
https://doi.org/10.4013/3480Palavras-chave:
Corpo, Discurso, Identidades, Imaginário sobre a belezaResumo
No presente artigo refletiremos acerca do corpo feminino enquanto lugar de manifestação do(s) discurso(s) sobre a beleza na sociedade. Para isso, teceremos gestos de interpretação a partir de uma interface entre os Estudos Culturais e a Análise do Discurso de linha francesa. Para averiguar como se dá a formação do imaginário sobre a beleza da mulher na sociedade atual, tomaremos como pressuposto o corpo da mulher na atualidade, procurando perceber como ele se constitui (e é constituído) pelo viés da linguagem. A partir das considerações de Santos (2011) que, baseado em Silva (2000), trabalha com as questões de (des)construção da identidade enquanto processo de identificação/diferenciação, analisaremos sequências discursivas extraídas em uma reportagem da seção “Corpo” do portal de notícias globo.com. Partindo do paradigma do corpo ideal (re)produzido através das discursivizações sobre o corpo feminino na atualidade, refletiremos sobre como ocorrem as subjetivações e os processos de formação de identidade da(s) mulher(es) que não se encontra(m) dentro dos padrões estabelecidos pelos padrões de beleza. Nesse sentido, consideraremos a beleza enquanto sinônimo do gerenciamento dos corpos, no sentido de que as discursivizações sobre os padrões estéticos implicam na necessidade em padronizar os corpos a partir de um imaginário construído no universo das instâncias sociais. Neste sentido, torna-se necessário analisar não apenas discursos que atestam a padronização imposta, mas também que a negam, para perceber as movências de sentido instauradas no/através do discurso. Aqui serão analisados, a partir das condições de produção dos enunciados analisados, os apagamentos e deslocamentos que remetem a outros discursos, ora retornando a eles, ora (re)produzindo novos efeitos de sentido.
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