A resposta empirista-analógica de Hume ao problema da religião natural

Autores

  • Renato de Medeiros Jota

Palavras-chave:

Religião natural, Analogia, Natureza humana, Experiência

Resumo

Em uma das suas maiores obras, Diálogos sobre a Religião Natural, Hume propõe utilizar critérios tão certos e corretos para a religião quanto aqueles encontrados na filosofia natural. Para isso, ele faz uma análise profunda sobre os pressupostos básicos que fundamentam o conhecimento religioso. Conclui que os critérios religiosos, por não serem comprovados pela experiência, nada significam para a fundamentação de uma religião natural. A intenção de Hume em adotar princípios rígidos para a natureza humana que sejam tão certos e corretos quanto os encontrados na filosofia natural implicaria um problema, porque necessariamente nos levaria a perguntar se estes princípios, por serem tão fortes e dogmáticos quanto os encontrados no âmbito religioso, possibilitaram validar argumentos teológicos. A solução encontrada por Hume acha-se nas analogias do pensamento derivadas da experiência constatada por nossos sentidos. Por conseguinte, a presente comunicação tem como objetivo mostrar que, apesar de Hume não admitir o uso tácito do termo “analogia”, nos mesmos moldes encontrados na tradição, ele se serve várias vezes da analogia, nos Diálogos sobre a Religião Natural, para validar aqueles conhecimentos originados do discurso teológico.

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Publicado

2013-09-29

Como Citar

JOTA, R. de M. A resposta empirista-analógica de Hume ao problema da religião natural. Controvérsia (UNISINOS) - ISSN 1808-5253, São Leopoldo, v. 8, n. 1, p. 46–55, 2013. Disponível em: https://revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/5524. Acesso em: 29 abr. 2025.

Edição

Seção

Artigos