Os impasses da reversibilidade de perspectivas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.4013/con.2024.203.02

Palavras-chave:

Reversibilidade de perspectivas. Benhabib. Young. Arendt.

Resumo

Em Situating the self: gender, community and postmodernism in contemporary ethics, publicado em 1992, Seyla Benhabib propôs a ideia de reversibilidade de perspectivas, como um exercício real ou imaginado, por meio do qual poderíamos fazer presente a perspectiva do outro. Na sequência, Iris Young fez críticas ao conceito, problematizando a sua possibilidade e mesmo a sua desejabilidade. Para Young o problema é a ideia de simetria que fundamenta especialmente a sua versão imaginada. Através da análise dos argumentos apresentados nos textos, e da avaliação contextual de dois encontros com a questão negra nos Estados Unidos – o de Hannah Arendt e o da própria Benhabib – o artigo buscará questionar essa possibilidade, retomando as críticas de Young e as pretensões do conceito para a teoria democrática de Benhabib argumentando que há um impasse entre a necessidade do diálogo imaginado para a sua potencialidade para se pensar a política contemporânea e a sua impossibilidade e mesmo indesejabilidade.

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Publicado

2024-12-01

Como Citar

MATOS, A. Os impasses da reversibilidade de perspectivas. Controvérsia (UNISINOS) - ISSN 1808-5253, São Leopoldo, v. 20, n. 3, p. 20–35, 2024. DOI: 10.4013/con.2024.203.02. Disponível em: https://revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/27068. Acesso em: 29 abr. 2025.