O estado de natureza que talvez nunca tenha existido:
Rousseau em defesa de um método conjectural
DOI:
https://doi.org/10.4013/con.2023.191.01Palavras-chave:
Rousseau. Estado de natureza. Método conjectural.Resumo
Este artigo tem por objetivo explicitar a relação do estado de natureza rousseauniano com o método conjectural, este, que segundo as alegações de Rousseau, seria o único meio capaz de tornar explícito este estado da humanidade, que só teria existido no passado. Com isso, buscamos responder à pergunta: como um método conjectural poderia nos ajudar a chegar até o homem da natureza? Para tal, nos apropriamos da hipótese desenvolvida pelo autor, que busca afastar, ao mesmo tempo, os “fatos” difundidos pela tradição cristã e as parcialidades sustentadas pelos filósofos que se apropriaram de características do homem civil para escrever sobre o homem da natureza. No Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, Rousseau busca despir o homem de seus costumes, para então identificar aquele que ele acredita ser o homem da natureza. De acordo com o autor, esta seria a única maneira de constatar a origem dos vícios humanos. Para tal empreitada, Rousseau afirma que só um método conjectural poderia dar conta de tornar explícito um estado que não mais existe, que talvez nunca tenha existido e que, portanto, não poderia ser conhecido por meio dos fatos.
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