Comunicação Indireta e Experimentação em A repetição
DOI:
https://doi.org/10.4013/con.2022.182.02Palavras-chave:
Comunicação indireta. Existência. Experimentação. Repetição.Resumo
O pensador dinamarquês Søren Aabye Kierkegaard, através do pseudônimo Constantin Constantius, expõe na obra A repetição reflexões e experimentos pessoais indagadores da possibilidade da repetição. Desenvolve sua reflexão pelo esforço de delineamento do conceito, bem como pela observação atenta à interioridade e às relações interpessoais e sociais distintivas do ser humano. Além de perscrutar a própria vida em sua investigação, usa a imaginação para criar um jovem a quem não dá nome. O rapaz assim concebido escolhe-o como confidente, a fim de compartilhar seus conflitos interiores quanto ao amor por uma moça. Impressionado com a pureza e a sinceridade com as quais confessa sua paixão e seu dilema, qual seja, o de não se sentir capaz de corresponder ao interesse da amada, o pseudônimo conclui que o jovem fora invadido pela idealidade do amor. Constantius, assim, assume a tarefa de investigar o âmago dessa experiência e os movimentos existenciais manifestados pelo rapaz. Procura compreender e constatar a repetição na vida, em seus fenômenos e suas relações, por um duplo empreendimento: voltar-se a si mesmo, seu cotidiano e suas experiências, assim como observar o jovem e seus conflitos interiores. Com o objetivo de analisar a busca do pseudônimo pela repetição, este artigo apresentará a comunicação indireta concebida por Kierkegaard a partir do subtítulo de A repetição: “um ensaio em psicologia experimental”. A conclusão proporá a negatividade do conceito de repetição como indicativo de que o movimento existencial-religioso e a transcendência constituem o âmbito superior de sua manifestação.
Palavras-chave: Comunicação indireta. Existência. Experimentação. Repetição.
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