A doença para a morte e A morte de Ivan Ilitch:

uma conceituação e descrição do desespero humano com Kierkegaard e Liév Tolstói

Autores

  • Carmélia Teixeira de Sousa UFRN

DOI:

https://doi.org/10.4013/con.2022.182.03

Palavras-chave:

Desespero. Si-mesmo. Ivan Ilitch.

Resumo

Esta exposição possui via de encontro com o pensamento do filósofo dinamarquês Søren Aabye Kierkegaard (1813-1855) e o escritor russo Liév Tolstói (1828-1910), e tem por objetivo traçar uma linha argumentativa e descritiva para compreender o desespero humano e suas afigurações. Toda a discussão se desdobra em torno do fenômeno do desespero – diagnosticado por Kierkegaard na obra de 1849, A doença para a morte, e vivido pelo personagem de Tolstói, Ivan Ilitch. A metodologia que tomamos posse para esta investigação é a leitura hermenêutica das obras e a pesquisa crítica e filosófica a respeito do tema. O trabalho se desenvolverá com a conceituação encontrada em Kierkegaard sobre o desespero, ao mesmo tempo que será tomado o exemplo da vida de Ivan Ilitch como uma descrição narrativa da forma que o desespero se constitui na realidade, para além da visão vulgar que se tem desta questão. Considerando o indivíduo (den Enkelte) e a existência concreta como um assunto caro à filosofia de Kierkegaard, cabe enfatizar o desespero como uma desestruturação da síntese da qual se é constituído; dito de outra forma, é a realização inautêntica da possibilidade existencial. É diante desta consideração sobre o desespero que encontramos na narrativa a respeito de Ivan Ilitch grande co-incidência. A análise aqui proposta não é sobre a morte do personagem, é sobre a vida, as decisões existenciais feitas pelo juiz e a descoberta última de que toda a sua vida foi silencioso desespero.

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Publicado

2022-09-09

Como Citar

TEIXEIRA DE SOUSA, C. A doença para a morte e A morte de Ivan Ilitch:: uma conceituação e descrição do desespero humano com Kierkegaard e Liév Tolstói. Controvérsia (UNISINOS) - ISSN 1808-5253, São Leopoldo, v. 18, n. 2, p. 28–42, 2022. DOI: 10.4013/con.2022.182.03. Disponível em: https://revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/24866. Acesso em: 29 abr. 2025.