A ética solidária em Richard Rorty:
o neopragmatismo distante do relativismo moral
Palabras clave:
Moral. Relativista. Solidarismo.Resumen
Esse trabalho tem o objetivo de analisar dois aspectos da filosofia neopragmatista de Richard Rorty (1931-2007), no campo da ética: a acusação de que sua postura filosófica recai em um relativismo moral e a sua proposição de uma ética solidarista sem fundamentos. Inicialmente, apontaremos o relativismo moral inserido dentro do contexto filosófico do texto Pragmatic Ethics (2000), de Hugh Lafollete, tratando apenas alguns momentos em que existe uma proximidade com críticas às pretensões solidárias as quais Rorty faz menção dentro de uma possível postura relativista, trazendo ao mesmo tempo, alguns debates que exortam opiniões que aparentemente apontam o erro do filósofo norte-americano, ao propor sua ética solidária. Em seguida, elucidaremos como o neopragmatista propõe essa maneira sutil que atenda aos propósitos humanos, através da reflexão dos problemas sociais enfrentados em um dado momento da contingência cultural, que não refletem os fundamentos morais relativistas, ao passo que, ao se trabalhar apenas teorias não enfrentamos as reais necessidades práticas e emergenciais que a humanidade precisa para resolver seus dilemas morais. Nosso trabalho conta com o aporte teórico de Blackburn (2013), Donelson (2017), Lafollete (2000), Rorty (1979; 1980; 1989; 1991), entre outros. A pesquisa indica que esse tipo de acusação moral relativística possui paradoxos dentro das críticas aqui apontadas, motivo pelo qual, tal análise de Rorty se faz em volta de uma discussão ética involucra em um solidarismo humano que se preocupa apenas com o debate dos problemas atuais que perpassam toda a moralidade humana, tratando tudo à luz de sutilezas da política cultural, de acordo com a suas necessidades e transitoriedade.Descargas
Citas
BLACKBURN, Simon. Relativism. In: LAFOLLETE, H; PERSSON, I. Org´s. The Blackwell guide to ethical theory. 2ª ed. Blackwell Publishing, 2013, p. 43-58.
CALDER, Gideon. Rorty e a redescrição. Trad. Luiz Henrique de Araújo Dutra. São Paulo: UNESP, 2006.
DONELSON, Raff. Ethical Pragmatism. Metaphilosophy, v. 48, n. 4, jul. de 2017. p. 383-403.
HILL JR., Thomas E. Kantianism. LAFOLLETTE, Hugh. Org. The Blackwell Guide to Ethical Theory. Oxford: Blackwell, 2000.
LAFOLLETE, Hugh. Pragmatic Ethics. In: LaFollette, H. The Blackwell Guide to Ethical Theory. Oxford: OUP, 2000. p. 400-419.
MILLER, Christian. Rorty and Moral Relativism. European Journal of Philosophy, v. 10, dez. de 2002. p. 354-374.
PUTNAM, Hilary; PUTNAM, Ruth Anna. Pragmatism as a Way of Life: The Lasting Legacy of William James and John Dewey. Cambridge, Massachusetts: The Belknap Press of Harvard
University Press, 2017.
RORTY, Richard. Philosophy and the mirror of nature. Princeton: Princeton University Press, 1979.
RORTY, Richard. Pragmatism, relativism, and irrationalism. Proceedings and Addresses of the American Philosophical Association, v. 53, n. 6, 1980, p. 719-738.
RORTY, Richard. Contingency, irony and solidarity. Cambridge: Cambridge University Press, 1989.
RORTY, Richard. Objectivity, relativism and thuth: philosophical papers volume 1. New York: Columbia University Press, 1991.
RORTY, Richard. Putnam and the Relativist Menace. The Journal of Philosophy, v. 90, n. 9, 1993, p. 443-461.
RORTY, Richard. Relativismo: encontrar e fabricar. Trad. Eliana Sabino. Relativismo enquanto Visão de Mundo. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1994. p. 115-134
RORTY, Richard. An ethics for today: finding common ground between philosophy and religion. New York: Columbia University Press, 2010.
TIMMONS, M. Moral Relativism. In: TIMMON, M. Moral Theory: An Introduction. Oxford, Rowman & Littlefield, 2002.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Concedo à Controvérsia o direito de primeira publicação da versão revisada do meu artigo, licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista).
Afirmo, ainda, que meu artigo não está sendo submetido para outra publicação e não foi publicado na íntegra em outro periódico e assumo total responsabilidade por sua originalidade, podendo incidir sobre mim eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do mesmo.
Também aceito submeter o trabalho às normas de publicação da Controvérsia acima explicitadas.