A máquina antropológica de Giorgio Agamben e o formato do aparelho repressivo no Cone Sul no pós-ditaduras militares
Palavras-chave:
política, ditadura, aparelho repressivo, máquina antropológica, Cone SulResumo
O presente texto faz leitura de conceitos fundamentais para a obra de Giorgio Agamben propondo, a partir disso, uma leitura de questões políticas do cotidiano e da estrutura de poder que ainda pode ser percebida como ativa nesta parte do mundo. A mistura de autodescrição, operação com conceitos e análise bibliográfica define-se como a metodologia encontrada para concretizar a proposta deste texto. Fala-se aqui em máquina antropológica como conceito central para entender as experiências de poder e a manutenção do aparelho repressivo nos países do Cone Sul, todos eles acometidos por ditaduras militares nos últimos 50 anos, o que deixou marcas ainda perceptíveis, ou, aprimoradas, nas relações de poder, segurança pública e razão de segurança nestes países. O resultado é a definição de uma resistência possível, dentre muitas outras, que dialoga com a interrupção ou suspensão do funcionamento deste aparato repressivo, tendo como exemplo o efeito que a interrupção ou suspensão do funcionamento da máquina antropológica teria sobre a vida e as formas-de-vida.
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Referências
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