A máquina antropológica de Giorgio Agamben e o formato do aparelho repressivo no Cone Sul no pós-ditaduras militares

Autores

  • Danillo Avellar Braganca Universidade Federal Fluminense

Palavras-chave:

política, ditadura, aparelho repressivo, máquina antropológica, Cone Sul

Resumo

O presente texto faz leitura de conceitos fundamentais para a obra de Giorgio Agamben propondo, a partir disso, uma leitura de questões políticas do cotidiano e da estrutura de poder que ainda pode ser percebida como ativa nesta parte do mundo. A mistura de autodescrição, operação com conceitos e análise bibliográfica define-se como a metodologia encontrada para concretizar a proposta deste texto. Fala-se aqui em máquina antropológica como conceito central para entender as experiências de poder e a manutenção do aparelho repressivo nos países do Cone Sul, todos eles acometidos por ditaduras militares nos últimos 50 anos, o que deixou marcas ainda perceptíveis, ou, aprimoradas, nas relações de poder, segurança pública e razão de segurança nestes países. O resultado é a definição de uma resistência possível, dentre muitas outras, que dialoga com a interrupção ou suspensão do funcionamento deste aparato repressivo, tendo como exemplo o efeito que a interrupção ou suspensão do funcionamento da máquina antropológica teria sobre a vida e as formas-de-vida.

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Biografia do Autor

Danillo Avellar Braganca, Universidade Federal Fluminense

Doutorando em Ciência Política pela Universidade Federal Fluminense. Conteudista da Universidade Estácio de Sá. Professor-colaborador do Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense. Mestre em Relações Internacionais e licenciado em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Referências

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Publicado

2020-04-30

Como Citar

BRAGANCA, D. A. A máquina antropológica de Giorgio Agamben e o formato do aparelho repressivo no Cone Sul no pós-ditaduras militares. Controvérsia (UNISINOS) - ISSN 1808-5253, São Leopoldo, v. 16, n. 1, p. 13–28, 2020. Disponível em: https://revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/18732. Acesso em: 29 abr. 2025.

Edição

Seção

Artigos