Sobre a possibilidade de uma antropologia wittgensteiniana: entrevista com Cristina Bosso

Autores

  • Edimar Inocencio Brígido UNICURITIBA

Palavras-chave:

Schopenhauer. Wittgenstein. Sujeito metafísico. Sujeito empírico. Gênio.

Resumo

 

A presença de outros filósofos na atividade filosófica de Wittgenstein sempre foi muito discreta. O filósofo evitou em diversos momentos fazer menção às possíveis fontes que lhe serviram de inspiração. Ainda assim, este artigo ambiciona apurar a influência que o pensamento de Schopenhauer exerceu sobre a filosofia de Wittgenstein, de modo pontual no que diz respeito a distinção entre sujeito metafísico e sujeito empírico. Pretendemos demonstrar que, em decorrência do influxo schopenhaureano, tanto o realismo empírico quanto o solipsismo transcendental encontram abrigo no bojo tractariano, o que possibilita, em razão desse último – solipsismo transcendetal –, apurar a existência de um sujeito ético no pensamento wittgensteiniano.

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Biografia do Autor

Edimar Inocencio Brígido, UNICURITIBA

Dr. em Filosofia pela PUCPR.

Professor no UNICURITIBA

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Publicado

2018-12-20

Como Citar

BRÍGIDO, E. I. Sobre a possibilidade de uma antropologia wittgensteiniana: entrevista com Cristina Bosso. Controvérsia (UNISINOS) - ISSN 1808-5253, São Leopoldo, v. 14, n. 3, p. 125–134, 2018. Disponível em: https://revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/17556. Acesso em: 29 abr. 2025.

Edição

Seção

Artigos