A filosofia natural de Thomas Hobbes: a composição das paixões humanas

Autores

  • Luana Broni de Araújo Universidade Federal do Pará

Palavras-chave:

Corpo. Natural. Mecanicismo. Paixões. Hobbes.

Resumo

O presente artigo faz uma análise da filosofia mecanicista de Thomas Hobbes (1588-1679) e estabelece um ponto de compreensão sobre sua filosofia natural pautada no estudo da física que investiga os corpos, analisando o movimento como a única causa universal de todas as coisas, tendo este a causa em si mesmo. O movimento aplicado aos corpos naturais é também aplicado ao homem que vive em constante movimento na busca pela satisfação dos seus desejos e paixões. Ao contemplar-se o estudo da tríade: geometria, movimento e física pode-se entender sua filosofia moral que consiste nos movimentos da mente com o surgimento e manutenção das paixões, as aversões e aproximações do homem a um determinado objeto. As paixões originam-se na imaginação e na sensação humana sendo assuntos da teoria física hobbesiana. A partir disto, pretende-se inicialmente reconhecer a teoria física de Thomas Hobbes para alcançarmos um entendimento acerca do surgimento das paixões humanas.

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Biografia do Autor

Luana Broni de Araújo, Universidade Federal do Pará

Mestranda em Ciência Política na Universidade Federal do Pará (UFPA). Graduada em Licenciatura Plena em Filosofia na Universidade do Estado do Pará (UEPA).

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Publicado

2018-12-20

Como Citar

ARAÚJO, L. B. de. A filosofia natural de Thomas Hobbes: a composição das paixões humanas. Controvérsia (UNISINOS) - ISSN 1808-5253, São Leopoldo, v. 14, n. 3, p. 75–96, 2018. Disponível em: https://revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/17326. Acesso em: 29 abr. 2025.

Edição

Seção

Artigos