Práticas de encerramento de conversas telefônicas cotidianas: quando a chamada não se encerra

Autores/as

  • Roberto Perobelli de Oliveira
  • Paulo Cortes Gago

Resumen

O presente trabalho enfoca os encerramentos de conversa telefônica cotidiana, na perspectiva da Análise da Conversa etnometodológica. Levando em consideração as contribuições de Schegloff e Sacks (1973) e Button (1987; 1990), dentre outras concepções teórico-metodológicas, nosso objetivo é evidenciar as práticas utilizadas pelos participantes para continuar o telefonema, mesmo depois da primeira sinalização de encerramento. O corpus se constitui de dados reais de fala espontânea, gravados em uma família juiz-forana, e traduzem um pouco como os participantes, em contexto brasileiro, constroem as relações sociais microseqüencialmente. Enfim, esta pesquisa ratifica a noção de senso comum de que encerrar uma conversa é uma questão delicada para os participantes, uma vez que eles podem lançar mão de várias práticas para continuarem a conversa entre a primeira parte do par de pré-fechamento “então tá” e a segunda parte do par de fechamento “tchau”.

Palavras-chave: análise da conversa, conversa telefônica cotidiana, encerramentos.

Publicado

2021-05-27

Cómo citar

Oliveira, R. P. de, & Gago, P. C. (2021). Práticas de encerramento de conversas telefônicas cotidianas: quando a chamada não se encerra. Calidoscópio, 5(2), 105–114. Recuperado a partir de https://revistas.unisinos.br/index.php/calidoscopio/article/view/5631

Número

Sección

Artigos