A representação dos personagens Lobo e Cordeiro nas fábulas de Esopo e Millôr Fernandes

Autores

  • Gesselda Somavilla Farencena
  • Cristiane Fuzer

Resumo

Neste trabalho, sob o enfoque da Gramática Sistêmico-Funcional, analisa-se a linguagem da fábula O Lobo e o Cordeiro em duas versões: uma escrita por Esopo; outra reescrita por Millôr Fernandes. Objetiva-se analisar as representações dos personagens Lobo e Cordeiro construídas pelos autores em cada uma das fábulas. Considerando que é por meio da metafunção ideacional experiencial que são construídas as representações de mundo e da experiência, utiliza-se o embasamento teórico de Halliday e Matthiessen (2004) sobre o sistema de transitividade. Do ponto de vista metodológico, focalizam-se a identificação e classificação dos processos e participantes e, em seguida, faz-se a discussão dos dados encontrados. A análise desses dados revela que, na fábula de Millôr Fernandes, Lobo e Cordeiro representam-se como Meta em relação ao outro, enquanto que o narrador apresenta o Lobo em orações comportamentais e orações verbais como inferior ao Cordeiro. Na fábula de Esopo, o narrador também representa o Lobo e o Cordeiro em posições alternadas de Meta e Ator, porém, o Lobo é representado, desde o início, como injusto e superior ao Cordeiro.

Palavras-chave: fábula, representação, transitividade.

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Publicado

2010-08-27

Como Citar

Farencena, G. S., & Fuzer, C. (2010). A representação dos personagens Lobo e Cordeiro nas fábulas de Esopo e Millôr Fernandes. Calidoscópio, 8(2), 138–146. Recuperado de https://revistas.unisinos.br/index.php/calidoscopio/article/view/472

Edição

Seção

Artigos