O sangue puro em Harry Potter e seus ecos dialógicos eugênicos
DOI:
https://doi.org/10.4013/cld.2020.183.06Abstract
Embasado na perspectiva bakhtiniana da linguagem, a partir da constituição socioideológica da arte, este artigo propõe tecer uma análise dialógica acerca do discurso da “pureza da raça”, como conteúdo temático materializado na narrativa de Harry Potter (HP), expresso pela voz vilanesca, especialmente pelos posicionamentos axiológicos de Voldemort. O objetivo é pensar sobre como o signo ideológico transita da vida para a arte e da arte volta à vida. A justificativa se volta à relevância de se pensar, a partir da arte (HP), acerca do racismo científico e da eugenia propagados e existentes na vida, mobilizados como arma política pelo nazismo e como valoração axiológica da “pureza”, em diálogo, atribuído pelos fãs da saga, ao discurso bolsonarista. Os resultados confirmam a premissa da qual se parte, de que os valores preconceituosos e de intolerância com as diferenças na série mágica em interação com a contemporaneidade, em embate com o portal Potterish, que defende os direitos humanos, ocorre, de maneira refletida e refratada entre arte e vida, na obra Harry Potter.
Palavras-chave: Harry Potter; Eugenia; Dialogismo; Estudos Bakhtinianos.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
I grant the journal Calidoscópio the first publication of my article, licensed under Creative Commons Attribution license (which allows sharing of work, recognition of authorship and initial publication in this journal).
I confirm that my article is not being submitted to another publication and has not been published in its entirely on another journal. I take full responsibility for its originality and I will also claim responsibility for charges from claims by third parties concerning the authorship of the article.
I also agree that the manuscript will be submitted according to the journal’s publication rules described above.