Uma visão contingencial da internacionalização do varejo: proposição de uma taxonomia e discussão dos desafios teóricos

Autores

  • Renata Maria de Almeida Bastos Gomes IAG/PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Instituto de Administração e Gerência)
  • Jorge Manoel Teixeira Carneiro IAG/PUC-Rio (Pontíficia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Instituto de Administração e Gerência)
  • Luis Antonio da Rocha Dib Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ - COPPEAD)

Palavras-chave:

retail, internationalization, taxonomy

Resumo

A literatura carece de uma identificação clara dos diferentes tipos de firmas envolvidas com atividades varejistas internacionais, dificultando a identificação das particularidades da trajetória internacional de diferentes tipos de varejistas. Neste artigo, propomos uma taxonomia das firmas envolvidas na internacionalização varejista e discutimos as diferenças entre os padrões seguidos por cada tipo identificado. Os dados foram obtidos por meio de uma extensa revisão de literatura e de consulta a várias fontes de dados secundários (relatórios de um instituto de pesquisa e websites das firmas), bem como de visitas a lojas. A taxonomia de firmas envolvidas na internacionalização varejista resultou em três tipos distintos de players: (i) varejistas tradicionais, como Walmart e JCPenney, distribuidores de marcas de terceiros, (ii) varejistas monomarca, como Zara e H&M, distribuidores exclusivos de suas marcas e (iii) varejo direto dos fabricantes, como Adidas e Louis Vuitton, firmas desenvolvedoras de marcas que distribuem suas próprias marcas por meio de lojas monomarca, mas de forma não exclusiva, já que essas marcas também são distribuídas pelos varejistas tradicionais. Essa visão contingencial da internacionalização varejista permite a superação de dois pontos fracos desse campo: (i) pesquisas com amostras de diferentes tipos de varejistas; e (ii) conclusões com base em amostras de varejistas tradicionais, como supermercados, como se fossem representativas da população de varejistas internacionais. Notadamente, a ênfase das pesquisas com varejistas tradicionais não responde às evidências do crescimento da presença global de marcas distribuídas por meio de lojas monomarca.

Palavras-chave: internacionalização varejista, tipos de varejista, taxonomia.

Biografia do Autor

Renata Maria de Almeida Bastos Gomes, IAG/PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Instituto de Administração e Gerência)

Administração, Estudante de Doutorado

Jorge Manoel Teixeira Carneiro, IAG/PUC-Rio (Pontíficia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Instituto de Administração e Gerência)

Professor de Estratégia e de Negócios Internacionais do IAG/PUC-Rio. Possui doutorado em Administração de Empresas pelo Coppead/UFRJ, com especialização em Negócios Internacionais. É mestre em Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro PUC-Rio, com especialização em Marketing, e bacharel em Engenharia Eletrônica pela mesma instituição. Pesquisador do Núcleo de Pesquisas em Negócios Internacionais do IAG/PUC-Rio. Coordenador Acadêmico da divisão de Estratégia em Organizações da ANPAD para o período 2015-2016. Co-Editor-chefe da BAR (Brazilian Administration Review). Membro do board do EIBA (European International Business Academy). Bolsista da FAPERJ (Jovem Cientista do Nosso Estado) para o período outubro/2012 a setembro/2015. Pesquisador PQ2 do CNPq.

Luis Antonio da Rocha Dib, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ - COPPEAD)

Professor-chefe da área de Marketing e Negócios Internacionais do Instituto COPPEAD (UFRJ). Dib é doutor e mestre em Administração (COPPEAD/UFRJ) e graduado cum laude em Engenharia Civil (UFRJ). Ele já coordenou diversos cursos de pós-graduação e ministra disciplinas na área de Negócios Internacionais, Estratégia Empresarial, Marketing e Negociação nos cursos de Doutorado, Mestrado, MBA e em outros programas executivos do COPPEAD. Dib possui experiência prévia como executivo de multinacionais (Shell, Telefonica e TIM) e como consultor em estratégia (Booz, Allen & Hamilton e atuando de forma independente). Foi entre 2009 e 2012 o líder do tema "Negócios Internacionais" para a Anpad. A partir de 2013 lidera o tema "Aspectos Teóricos e Metodológicos da Vantagem Competitiva" também para a Anpad.

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Publicado

2017-01-04

Edição

Seção

Artigos