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  • JAN-DEZ
    Vol. 21 No. 1 (2025)

    A Edição v. 21, nº 1 (2025) da ArquiteturaRevista é composta por cinco artigos e reafirma o compromisso da revista com a difusão contínua de pesquisas e estudos científicos no campo da arquitetura e do urbanismo, a partir de uma perspectiva ampliada, progressivamente mais aberta à transversalidade inerente às questões da sustentabilidade, das tecnologias e do desempenho nas cidades e edificações. Após uma edição anterior marcada por recortes temáticos específicos e relevantes para o espectro teórico da área, a revista retoma o fluxo regular de submissões, mantendo o objetivo de fomentar o debate sobre problemáticas contemporâneas que evidenciam a pluralidade de escalas, abordagens e perspectivas que caracterizam a prática profissional e a pesquisa acadêmica em arquitetura, urbanismo e design na América Latina e em outros contextos globais. Destaca-se, nesta edição, a vitalidade da produção acadêmica recente, expressa na articulação entre metodologias diversas, reflexões críticas e investigações que dialogam diretamente com desafios emergentes do ambiente construído e de seus múltiplos cenários sociotécnicos.

    No primeiro artigo desta edição, Architectural design and metaverse: key concepts in digital space production, Carlos Ríos-Llamas, da Autonomous University of Baja California (México), investiga as relações entre a prática arquitetônica e os processos de digitalização associados aos ambientes virtuais imersivos. A partir da análise de cinco conceitos — paralaxe, espaço evertido, espaço circunscrito, efeito Proteus e universo holográfico —, o estudo aprofunda a compreensão dos mecanismos que estruturam a experiência projetual no metaverso. Conforme apontado nos pareceres, o artigo desenvolve uma reflexão consistente sobre como as tecnologias digitais reconfiguram a percepção, a navegação espacial e a presença do sujeito mediada por avatares, tensionando os limites entre o real e o virtual. Ao abordar desde a percepção cinestésica até a influência dos avatares nos processos criativos, o texto contribui para o debate sobre novas epistemologias do espaço digital e indica caminhos emergentes para a prática arquitetônica em ambientes imersivos.

    Celma Paese e Gianluca Perseu, vinculados do Departamento de Arquitetura da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), são os autores do artigo “Fazer arquitetura é abraçar a paisagem: acolhimento e as Torres del Parque de Rogelio Salmona”, que analisa o conjunto habitacional Torres del Parque, em Bogotá, como expressão de uma ética do acolhimento fundamentada na articulação entre arquitetura e paisagem. A partir das categorias forma, função, estrutura e processo, inspiradas no pensamento de Milton Santos, o texto examina como a obra de Salmona se afasta do modernismo funcionalista estrito ao propor uma experiência sensível, relacional e territorializada do habitar urbano. Destaca-se a consistência da fundamentação teórica que sustenta a aplicação do método: ao adotar a paisagem como operador teórico-metodológico, o estudo compreende a arquitetura como mediação entre cidade, natureza e cultura, capaz de produzir encontros, pertencimento e reconhecimento da alteridade. Dessa forma, contribui para o debate sobre a arquitetura latino-americana ao evidenciar sua potência em gerar espaços comprometidos com a hospitalidade e com modos de habitar abertos ao território, ao outro e ao porvir.

    O artigo Architectural Restorations in Chile in the 1950s: Theory and Method, de María Victoria Correa Baeriswyl, vinculada ao Instituto de Estudios Avanzados da Universidad de Santiago de Chile (USACH), aborda as primeiras obras de restauração arquitetônica promovidas pelo Consejo de Monumentos Nacionales entre 1950 e 1954, lançando luz sobre um conjunto de intervenções pioneiras sustentadas por documentação inédita proveniente de arquivos institucionais. O texto apresenta uma abordagem historicamente consistente e tecnicamente detalhada acerca da formação das práticas de restauração no Chile, relacionando-as às orientações internacionais consolidadas pela Carta de Atenas de 1931 e às bases conceituais que estruturaram o campo ao longo do século XX. Ressalta-se a relevância da pesquisa, tanto pela incorporação de material gráfico inédito quanto por sua contribuição ao entendimento da trajetória da restauração arquitetônica no sul global, evidenciando como debates e métodos formulados no contexto europeu foram apropriados e reinterpretados em cenários latino-americanos, a partir do processo de consolidação disciplinar no Chile.

    Luíza de Jesus Meneses, Ricardo Victor Rodrigues Barbosa e Ricardo Carvalho Cabús, todos vinculados à Universidade Federal de Alagoas, apresentam no artigo Influence of Urban Canyons on Indoor Daylight Availability in Tropical Climates uma investigação sistemática sobre a relação entre morfologia urbana e desempenho lumínico de ambientes internos em climas tropicais. A pesquisa emprega simulações computacionais para analisar diferentes proporções de cânions urbanos, orientações solares, ângulos verticais de obstrução e refletâncias de fachadas, avaliando seus impactos em métricas como Iluminância Média Anual, Autonomia de Luz Natural Espacial e Exposição Solar Anual. Ao articular de forma rigorosa variáveis geométricas e ambientais, o estudo contribui para o aprimoramento de estratégias de projeto passivo adequadas ao contexto tropical, reforçando a relevância da interação entre forma urbana, desempenho ambiental e conforto nas edificações.

    Encerrando esta edição, o artigo Colores y bienestar subjetivo: impacto urbano-cromático en emociones de personas mayores, de Sebastián Aguilar-Duhalde, Antonio Zumelzu, Marie Geraldine Herrmann-Lunecke, Elisa Cordero-Jahr e Laura Rodríguez, pesquisadores da Universidad Austral de Chile, apresenta uma investigação sensível sobre a relação entre atributos cromáticos do espaço urbano e o bem-estar subjetivo de pessoas idosas. A partir da aplicação da metodologia das Caminatas Cromáticas-Emocionales com frequentadores do Parque Rodolfo Beckdorf, em Valdivia, o estudo registra, em tempo real, percepções cromáticas e respostas emocionais, oferecendo uma leitura qualificada sobre como diferentes níveis de saturação da cor podem favorecer emoções positivas nesse grupo etário. Conforme destacado nos pareceres, trata-se de um trabalho cuidadosamente estruturado, com fundamentação teórica consistente, metodologia clara e adequadamente aplicada, além de material gráfico pertinente para a compreensão dos resultados. A pesquisa amplia o debate sobre envelhecimento urbano, inclusão sensorial e desenho de espaços públicos mais atentos às dimensões perceptivas e emocionais da população idosa.

    Com a publicação desta edição, a ArquiteturaRevista conclui as publicações do ano de 2025. Para 2026, estão previstas duas edições. No primeiro semestre, será publicada a Edição Temática: Arquitetura, Urbanismo e o Espaço Digital no Contexto das Emergências Climáticas, cujo objetivo é reunir e difundir pesquisas que analisem criticamente o papel da arquitetura, do urbanismo e do espaço digital frente às emergências climáticas, com ênfase em estratégias de resiliência, adaptação e sustentabilidade no ambiente construído e no planejamento territorial. Para a revista e para a área, essa publicação reafirma a centralidade do debate climático na produção científica contemporânea, fortalece o compromisso ético com os desafios socioambientais e contribui para a consolidação de conhecimento qualificado capaz de orientar políticas públicas, projetos e práticas profissionais em contextos de crescente instabilidade climática. No segundo semestre, está prevista a retomada do fluxo editorial regular, com publicações dedicadas a temáticas variadas e contemporâneas.

    Agradecemos aos autores, aos pareceristas e a toda a Comissão Editorial, cujas contribuições foram fundamentais para a qualidade desta edição. Desejamos uma excelente leitura.

     

    Editores-chefes 

    Profa. Dra. Alessandra Teribele, Unisinos 

    Prof. Dr. Marcelo Arioli Heck, Unisinos 

     

    Comissão Editorial Científica 

    Prof. Dr. Anderson Dall'Alba 

    Prof. Dr. André de Souza Silva, Unisinos 

    Prof. Dr. Julian Grub, Unisinos 

    Profa. Dra. Patrícia de Freitas Nerbas, Unisinos 

     

  • JAN-DEZ
    Vol. 20 No. 1 (2024)

    A Edição 201 da ArquiteturaRevista é composta por 6 artigos e marca a retomada da revista de suas atividades de fluxo contínuo. Após uma edição (191) com particularidades relevantes para o espectro teórico contemplado pela revista, a partir da parceria com o “XIX Encontro Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído – ENTAC 2022”, a edição atual retoma o fluxo de submissões tradicional, mantendo o objetivo de disseminar a pesquisa científica a partir da discussão aprofundada de temáticas contemporâneas que expressam as diferentes escalas e enfoques da arquitetura e urbanismo na américa latina e no mundo.

    No primeiro artigo desta edição, intitulado “El Fab-Lab como instrumento que impulsa la innovación en el proceso de diseño” o(a)s autore(a)s Cristhian Mayorga-Robayo, Maria Camila Castellanos-Escobar e Rolando Arturo Cubillos-González, da Universidad Católica de Colombia, abordam questões relevantes a partir do aumento da relevância e da incidência dos Fab-Labs a partir da utilização de novas tecnologias digitais nos processos projetuais, otimizando seus processos e implementando novos métodos de trabalho colaborativo associados ao co-design. A partir de um panorama deste cenário na américa latina e no mundo, o objetivo do artigo é examinar a partir de uma revisão teórica como os processos de inovação são compreendidos dentro dos Fab Labs.

    Márcia Maria Alves Alcântara e Adriana de Paula Lacerda Santos, ambas da Universidade Federal do Paraná, são as autoras do artigo “Avaliação Pós-Ocupação (APO) em edificações habitacionais: uma revisão sistemática da Literatura” que, como o próprio subtítulo apresenta, também se estrutura em uma revisão teórica, no entanto, neste artigo, voltada para apresenta um panorama das pesquisas de avaliação pós-ocupação realizadas em edificações habitacionais que contemplaram a participação dos usuários. O artigo parte da hipótese de que, embora a APO seja uma metodologia com uma utilização crescente, que possibilita mensurar a performance do ambiente construído, por outro lado é pouco empregada pela indústria da construção civil devido a desafios relacionados a participação dos usuários. Os resultados, apresentados com método de pesquisa preciso, apontam para um cenário ainda restrito sobre a utilização da APO, a partir do qual são realizadas recomendações para que futuras pesquisas insiram os usuários no centro do processo e avaliem os edifícios habitacionais de forma abrangente.

    O terceiro artigo desta edição é intitulado “El Mercado de Santa Caterina: una arquitectura desde el lenguaje como huella”, e é de autoria de Carlos Barbera Pastor, da Universidade de Alicante – Espanha. A partir um olhar sensível, embora substancialmente analítico e detalhado, o autor apresenta uma análise a partir da perspectiva linguística do Mercado de Santa Caterina, projetado por Enric Miralles e Benedetta Tagliabue. Por meio de uma abordagem de múltiplos olhares, investiga e discute os elementos construtivos utilizados a partir de sua composição fundamental como a presença da estrutura, da cobertura, do espaço interior e das fachadas, contextualizadas por analogia funcional e construtiva com outros mercados dos séculos XIX e XX, como o mercado de Born, projetado por Miralles e Tagliabue. Tal analogia explicita uma expressão de ruptura estabelecida pela transformação desses elementos em relação aos demais mercados construídos durante a Revolução Industrial. O trabalho aprofunda uma série de abordagens que relacionam a arquitetura e sua própria expressão por meio de uma linguagem capaz de ser transmitida pela experiência arquitetônica.

    Mario Fernández González e José Magín Campos Cacheda, da Universidad Politécnica de Cataluña, trazem sua contribuição intitulada “La memoria como concepto operativo de resistencia en el arte, la arquitectura y el patrimonio construído”, que consiste em uma reflexão sobre os entrelaçamentos e destaques entre os conceitos e noções de corte, vazio e luz, responsáveis, segundo os autores, por cristalizar a memória como um conceito de resistência à passagem do tempo e, assim, valorizando sua substância artística. Valendo-se de uma metodologia qualitativa, visa explorar a integração, a compreensão e a projeção da obra arquitetônica no futuro por meio da memória, em sua busca por borrar os limites da arte.

    O quinto artigo da edição é trata de um tema fundamental e bastante contemporâneo, o Transtorno do Espectro Autista (TEA), a partir de uma revisão sistemática da literatura, analisando artigos e estudos publicados nos últimos 10 anos, com ênfase em ambientes residenciais, terapêuticos e educacionais. Intitulado “Diretrizes para adequação de espaços residenciais a pessoas com TEA – uma revisão da literatura”, este artigo é de autoria de Tatiana Silva de Oliveira e Claudete Barbosa Ruschival, ambas da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e busca revisar as diretrizes para a adaptação de espaços domésticos voltados para pessoas com TEA, com foco na criação de ambientes que atendam às necessidades sensoriais e comportamentais dessa população. Destaca-se a necessidade de ambientes personalizáveis, seguros e com estímulos reguláveis. Além disso, foram identificados desafios relacionados ao financiamento, à resistência cultural e à falta de participação contínua dos usuários no processo de adaptação.

    Por fim, o último artigo desta edição é de autoria de Frederico Rosa Borges de Holanda, da Universidade de Brasília. Intitulado “Paradoxo bucólico: Parque das Garças, Brasília”, este artigo realiza um estudo de caso a partir do Parque das Garças, Brasília, investigando aspectos locais do parque e sua inserção na cidade a partir do atributo dos frequentadores e das atividades realizadas, captados mediante observação direta e questionários inquirindo diretamente os sujeitos. Os resultados são discutidos a partir de conceitos-chave, como o de habitus e dos capitais, de Pierre Bourdieu.

    Os anos de 2023 e 2024 apresentaram diversas situações particulares que afetaram o fluxo de publicação da revista, como alteração significativa da Comissão Editorial, no ano de 2023, e as catástrofes climáticas de 2024, que impactaram diretamente o ambiente universitário e seus colaboradores. Assim, a publicação desta edição 201 marca um momento singular na ArquiteturaRevista, no qual estas dificuldades foram superadas e a ArquiteturaRevista, por meio de sua Comissão Editorial, inicia um processo de atualização paradigmático, com efeitos nas temáticas e nos processos, mas buscando manter a tradição e relevância científica do periódico. Alguns dos processos em andamento são a ampliação da Comissão Científica a fim de diversificar os temas e melhorar o fluxo de avaliações. Assim, aproveitamos esta chamada para indicar o cadastramento de pesquisadores doutores para se cadastrarem como avaliadores do periódico.

    Agradecemos aos autores e, especialmente, aos pareceristas que contribuíram com a qualificação dos trabalhos desta edição.

    Desejamos a todos boa leitura!

     

    Comissão Editorial da ArquiteturaRevista

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    Editores-chefes

    Prof. Dr. Marcelo Arioli Heck, Unisinos 

    Profa. Dra. Patrícia Gheno, Unisinos

     

    Comissão Editorial Científica

    Profª. Drª. Alessandra Teribele, Unisinos 

    Prof. Dr. André Souza Silva, Unisinos 

    Prof. Dr.  Julian Grub, Unisinos 

    Profa. Dra. Patrícia Freitas Nerbas, Unisinos

  • JAN-DEZ
    Vol. 19 No. 1 (2023)

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  • JUL-DEZ
    Vol. 18 No. 2 (2022)

  • JAN-JUN
    Vol. 18 No. 1 (2022)

    ARQUITETURAREVISTA

    v. 18 n. 1 (2022) JAN-JUN

    Esta edição é composta por 6 artigos que fazem parte das submissões de fluxo contínuo da ArquiteturaRevista, com temáticas contemporâneas que expressam as diferentes escalas da arquitetura e urbanismo.

    No primeiro artigo desta edição, Luciana Mota Beck e Fernando Oscar Ruttkay Pereira, da Universidade Federal de Santa Catarina, analisam a influência dos índices urbanos na luz natural em centros urbanos, com o trabalho “Configuração urbana na disponibilidade de luz natural no ambiente construído”.

    Francisco Sergio Campos-Sánchez, da Universidad de Granada, e Isabel Ezquerra, da Universidad de Zaragoza, são autores do artigo “Integración de variables configuracionales en el estudio del ciclismo urbano a escala intermedia” que apresenta uma abordagem metodológica integrada de análise de rotas para o ciclismo em espaços urbanos.

    O terceiro artigo apresenta uma revisão de literatura estruturada pelos autores Renan Somavilla Uliana, Rogério Cattelan Antocheves de Lima, Rene Quispe Rodriguez e Fabiane Vieira Romano, da Universidade Federal de Santa Maria, sobre o uso da simulação computacional na segurança contra incêndio em edificações.

    O artigo “Explicando a relação de flexibilidade e organização espacial na habitação” é o quarto artigo desta edição, com autoria de Banafsheh Sadat Ziaei, Seyed Hadi Ghoddusifar e Kaveh Bazrafkan, da Islamic Azad University.

    Mercedes Galiana Agulló, Maria José Climent Mondéjar, Eloísa González Ponce, Nuria Rosa Roca e Carmen Carazo Díaz, da Universidad Católica de Murcia, são autoras do quinto artigo que aborda questões sobre as adaptações de espaços comuns ao ar livre durante a pandemia.

    O sexto artigo desta edição, de Abir Fenghour, Abida Hamouda e Lamia Benyahia, da Batna1 University, trata da visibilidade, acessibilidade espacial e visual, conectividade e integração entre espaços residenciais.

    Agradecemos aos autores e, especialmente, aos pareceristas que contribuíram com a qualificação dos trabalhos desta edição.

    Desejamos a todos boa leitura!

    Comissão Editorial da ArquiteturaRevista__________________________________________________________________________________

  • JUL-DEZ
    Vol. 17 No. 2 (2021)

  • JAN-JUN
    Vol. 17 No. 1 (2021)

  • Jul-Dec
    Vol. 16 No. 2 (2020)

  • Jan-Jun
    Vol. 16 No. 1 (2020)

  • Jul-Dec
    Vol. 15 No. 2 (2019)

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