A realidade na Teoria Estruturante do Direito de Friedrich Müller
DOI:
https://doi.org/10.4013/rechtd.2023.153.09Abstract
The place and role of reality in Law are satisfactorily clarified in Friedrich Müller's Structuring Legal Theory. For the traditional conception, the legal norm is formed by the textual statement, which claims interpretation to then be applied to facts that occur afterwards. Reality would thus be outside the Law, as a concrete situation that causes the incidence of the legal norm. The structuring theory of Law overcomes this conception, by presenting the legal norm as a complex formed both by textual elements, which refer to reality to form the normative program, and by factual elements, filtered by the normative program and which form the normative scope. In this way, reality is present at all times of formation of the legal norm and composes the normative structure. The legal norm is only realized in the concrete case, as a decision norm, through a construction process called “concretization”. In addition to an explanation of the structure and formation of the legal norm, Müller proposes a rigorous working method for its implementation, in which the textual and factual aspects are taken into account through a duly reasoned and public argumentation procedure, supported by the current legal texts. Reality therefore integrates the legal norm.
References
BORNHOLDT, R. M. 2005. Métodos para resolução do conflito entre direitos fundamentais. São Paulo, Revista dos Tribunais, 205 p.
_____. 2014. Introdução do revisor. In: F. MÜLLER. Metódica jurídica e sistema político: elementos de teoria constitucional II. Joinville, Bildung, p. 9-13.
BRASIL. 2023. Supremo Tribunal Federal. População em situação de rua. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 976/DF, Ministro Alexandre de Moraes. Disponível em: https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6410647. Acesso em: 18/08/2023.
_____. 2002. Supremo Tribunal Federal. Embarcações e aeronaves não estão sujeitas ao IPVA. Recurso Extraordinário 134.509-8/AM, Ministro Sepúlveda Pertence. Disponível em: https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=207766. Acesso em: 17/07/2023.
CANOTILHO, J. J. G. 1993. Direito constitucional. 6. ed., Coimbra, Almedina, 1228 p.
DIMOULIS, D. 2013. Manual de introdução ao estudo do Direito. 5. ed., São Paulo, Revista dos Tribunais, 288 p.
FEITAL, T. A. 2021. Hipóstase e estagnação: uma leitura crítica do Recurso Extraordinário n. 134.509. Revista Direito GV, 17(2):e2128. Disponível em: https://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/revdireitogv/article/view/85010/80389. Acesso em: 17/07/2023.
HÄBERLE, P. 2000. Teoría de la constitución como ciencia de la cultura. Madrid, Tecnos, 165 p.
HELLER, H. 1983. Teoría del Estado. 9. reimp. México, Fondo de Cultura Económica, 341 p.
HESSE, K. 1991. A força normativa da constituição. Porto Alegre, Sergio Antonio Fabris, 40 p.
HOFFMANN-RIEM, W. 2021. Disrupção digital e transformação. Desafios para o Direito e a ciência do Direito. In: G. ABBOUD, N. NERY Jr. e R. CAMPOS (org.). Fake news e regulação. 3. ed., São Paulo, Thomson Reuters Brasil, p. 385-429.
JOUANJAN, O. 1996. Présentation du traducteur. In: F. MÜLLER. Discours de la méthode juridique. Paris, Presses Universitaires de France, p. 5-23.
KELSEN, H. 1998. Teoria geral do direito e do estado. São Paulo, Martins Fontes, 637 p.
LASSALLE, F. 1985. A essência da constituição. Rio de Janeiro, Liber Juris, 49 p.
MIOZZO, P. 2022. O pós-positivismo de Friedrich Müller como teoria e metódica estruturantes do direito. Revista Direito Público, 19(103):13-18. Disponível em: https://www.portaldeperiodicos.idp.edu.br/direitopublico/article/view/6733/2763. Acesso em: 15/07/2023.
MORRISON, W. 2006. Filosofia do direito: dos gregos ao pós-modernismo. São Paulo, Martins Fontes, 676 p.
MÜLLER, F. 1995. Direito. Linguagem. Violência. Elementos de uma teoria constitucional, I. Porto Alegre, S. A. Fabris, p.
_____. 1996. Discours de la méthode juridique. Paris, Presses Universitaires de France, 439 p.
_____. 2004. Fragmento (sobre) o poder constituinte do povo. São Paulo, Revista dos Tribunais, 139 p.
_____. 2005. Métodos de trabalho do direito constitucional. 3. ed., Rio de Janeiro, Renovar, 177 p.
_____. 2007a. O novo paradigma do direito: introdução à teoria e metódica estruturantes do direito. São Paulo, Revista dos Tribunais, 319 p.
_____. 2007b. Teoria e interpretação dos direitos humanos nacionais e internacionais – especialmente na ótica da teoria estruturante do direito. In: C. M. CLÈVE, I. W. SARLET e A. C. PAGLIARINI (coord.). Direitos humanos e democracia. Rio de Janeiro, Forense, p. 45-52.
_____. 2008. Vinte anos da Constituição: reconstruções, perspectivas e desafios. THEMIS – Revista da Escola Superior da Magistratura do Estado do Ceará, 6(2):63-78. Disponível em: https://revistathemis.tjce.jus.br/THEMIS/article/view/196/186. Acesso em: 11/07/2023.
_____. 2014. Metódica jurídica e sistema político: elementos de teoria constitucional II. Joinville, Bildung, 177 p.
NEVES, M. 2007. A constitucionalização simbólica. São Paulo, WMF Martins Fontes, 263 p.
REALE, M. 1986. Filosofia do direito. 11. ed. São Paulo, Saraiva, 751 p.
RODRIGUES JUNIOR, O. L. 2011. Estatuto epistemológico do Direito Civil contemporâneo na tradição de civil law em face do neoconstitucionalismo e dos princípios. O Direito (Lisboa), 143(II): 43-66, Disponível em: https://www.migalhas.com.br/arquivos/2020/5/29F68B1B35C7B1_Estatuto-epistemologico-do-Dir.pdf. Acesso em: 18/07/2023.
SARLET, Ingo Wolfgang. 2009. A eficácia dos direitos fundamentais. 10. ed. Porto Alegre, Livraria do Advogado, 493 p.
SILVA, V. A. 2021. Direito constitucional brasileiro. São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo, 712 p.
SOUZA Neto, C. P.; SARMENTO, D. 2012. Direito constitucional: teoria, história e métodos de trabalho. Belo Horizonte, Fórum, 2012, 632 p.
Downloads
Published
Issue
Section
License
I grant the journal RECHTD the first publication of my article, licensed under Creative Commons Attribution license (which allows sharing of work, recognition of authorship and initial publication in this journal).
I confirm that my article is not being submitted to another publication and has not been published in its entirely on another journal. I take full responsibility for its originality and I will also claim responsibility for charges from claims by third parties concerning the authorship of the article.
I also agree that the manuscript will be submitted according to the journal’s publication rules described above.