Memória como “bem simbólico”: discursos, competências e legitimação.
DOI:
https://doi.org/10.4013/rlah.v1i3.107Palavras-chave:
Bem Simbólico. Competências. Legitimação.Resumo
A memória (coletiva) tem assumido cada vez mais um papel destacado não apenas no meio acadêmico, mas também na discussão cotidiana. Essa crescente importância se traduziu numa quase centralidade num debate que se situa, ao menos discursivamente, no resgate da memória, no direito à memória. Sem deixar de considerar essa dimensão macro-sociológica e relevante para a compreensão das dinâmicas sociais, pretende-se nesse trabalho circunscrevê-lo a um processo bem menos aparente, mas de conseqüências relevantes, tanto no que concerne a mudanças societais, quanto na gestão do bem cultural. A memória, nessa abordagem deixa de ser vista na sua dimensão moral e passa a ser entendida como um bem simbólico que está “em jogo”. A partir dessa consideração, o presente artigo pretende: 1) analisar a disputa no campo discursivo na qual o bem cultural, entendido como produtor de identidade coletiva passa a ser construído como bem coletivo universal; 2) identificar a constituição de um conjunto heterogêneo de indivíduos que reivindica a competência no trato da memória (coletiva); 3) relacionar a reivindicação de competência com a busca por legitimação profissional; 4) entender esses elementos a partir da noção de campo, tal qual, exposto em Bourdieu.Downloads
Publicado
2012-03-16
Edição
Seção
Dossiê