Da hermenêutica de Nietzsche a uma epistemologia compreensiva da comunicação: “Não há fatos, mas somente interpretações”

Dimas A. Künsch; José Eugenio de Oliveira Menezes; Mauro Araujo de Sousa

doi:10.4013/qt.2021.917.03

Autores

Dimas A. Künsch Universidade Metodista de São Paulo (Umesp) https://orcid.org/0000-0001-5621-898X
José Eugenio de Oliveira Menezes Faculdade Cásper Líbero https://orcid.org/0000-0002-5600-6079
Mauro Araujo de Sousa Faculdade de Tecnologia de Mauá (Fatec de Mauá) – Mauá – SPInstituto Sedes Sapientiae (Sedes/SP) – São Paulo – SP https://orcid.org/0000-0002-0549-3364

DOI:

https://doi.org/10.4013/qt.2021.917.03

Palavras-chave:

Comunicação, Compreensão como método, Nietzsche.

Resumo

O texto se constrói no ambiente intelectual de incertezas a que estamos sujeitos quando fundamos nossa busca pela verdade numa visão plural e compreensiva de conhecimento. A partir de um viés perspectivista nietzschiano, à luz do questionamento do filósofo sobre o conceito de verdade e frente, também, às próprias incertezas do campo da hermenêutica, o mundo da pesquisa é provocado a lidar com as diferenças e com o não determinismo. O desafio dos autores, neste texto, é propor uma conversa de modo ensaístico no âmbito das preocupações em torno do que
nomeamos compreensão como método, aplicada à Comunicação. Deve resultar desse esforço conversacional, reflexivo e interpretativo a convicção de um possível papel da Comunicação como operadora do diálogo entre teorias, epistemologias, áreas de conhecimento e saberes humanos em geral, científicos e não científicos.

Biografia do Autor

Dimas A. Künsch, Universidade Metodista de São Paulo (Umesp)

Doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP). Docente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Metodista de São Paulo.

José Eugenio de Oliveira Menezes, Faculdade Cásper Líbero

Doutor em Ciências da Comunicação pela ECA-USP. Docente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Faculdade Cásper Líbero. Grupo de Pesquisa Comunicação e Cultura do Ouvir.

Mauro Araujo de Sousa, Faculdade de Tecnologia de Mauá (Fatec de Mauá) – Mauá – SPInstituto Sedes Sapientiae (Sedes/SP) – São Paulo – SP

Doutor em Filosofia pela PUC-SP. Docente da Faculdade de Tecnologia de Mauá (Fatec de Mauá) e do Instituto Sedes Sapientiae (Sedes - São Paulo).

Referências

ADORNO, T. 1986. O ensaio como forma. In: COHN, G. Theodor W. Adorno. São Paulo: Ática, p. 167-187.

ARENDT, H. 2008. Compreender: formação, exílio e totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras.

ARQUIVO Vilém Flusser. Disponível em: http://www.arquivovilemflussersp.com.br/vilemflusser/?page_id=1947. Acesso em: 20 abr. 2020.

DELEUZE, G. S/d. Nietzsche e a filosofia. Tradução de António M. Magalhães. Porto-Portugal: Rés Editora.

FLUSSER, V. 1983. Pós-história: vinte instantâneos e um modo de usar. São Paulo: Duas Cidades.

FLUSSER, V. 1998. Ficções filosóficas. São Paulo: Edusp.

FLUSSER, V. 2007. Bodenlos: uma autobiografia filosófica. São Paulo: Annablume.

FLUSSER, V. 2014. Comunicologia: reflexões sobre o futuro. As conferências de Bochum. São Paulo: Martins Fontes.

MONTAIGNE, M. 2010. Ensaios. São Paulo: Companhia das Letras.

NIETZSCHE, F. W. 1998. Além do bem e do mal: prelúdio a uma filosofia do futuro. Tradução, notas e posfácio de Paulo César de Souza. 2.ed. / 2. reimp. São Paulo: Companhia das Letras.

NIETZSCHE, F. W. 1999. Sobre verdade e mentira no sentido extramoral. In: Obras incompletas. Seleção de textos de Gérard Lebrun. Tradução e notas de Rubens Rodrigues Torres Filho e posfácio de Antônio Cândido. São Paulo: Nova Cultural.

NIETZSCHE, F. W. 2001. Humano, demasiado humano: um livro para espíritos livres. Tradução, notas e posfácio de Paulo César de Souza 3. reimp. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

NIETZSCHE, F. W. 2002a. Fragmentos finais. Kothe, F. R. Seleção, tradução e prefácio. Brasília: Editora Universidade de Brasília; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado.

NIETZSCHE, F. W. 2002b. Genealogia da moral: uma polêmica. Tradução, notas e posfácio de Paulo César de Souza. 4.reimp. São Paulo: Companhia das Letras.

NIETZSCHE, F. W. 2003a. Assim falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguém. Tradução Mário da Silva. 12.ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

NIETZSCHE, F. W. 2003b. Sobre o futuro dos nossos estabelecimentos de ensino. In: Melo Sobrinho, N. C. de (tradução, apresentação e notas). Escritos sobre educação. Rio de Janeiro-RJ: PUC-Rio; São Paulo-SP: Loyola.

SANTOS, B. S. 2010. Um ocidente não-ocidentalista? A filosofia à venda, a douta ignorância e a aposta de Pascal. In: SANTOS, B. S. e MENESES, M. P. Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, p. 519-562.

SCHOPENHAUER, A. 2017. A arte de ter razão. Petrópolis, RJ: Vozes.

SOUSA, M. A. 2016. O perspectivismo de Nietzsche e a compreensão. Líbero, ano XIX. n. 37-A, jul.-dez. 2016, p. 109-116.

SOUSA, M. A. 2018. Epistemologia da compreensão em viés nietzschiano. Folios, n. 39, enero-junio de 2018, p. 101-112. Disponível em: https://aprendeenlinea.udea.edu.co/revistas/index.php/folios/article/view/338468. Acesso em: 31 maio 2020.

SOUSA, M. A. 2019. Epistemologia da compreensão em viés nietzschiano. In: KÜNSCH, D. A. et al. Pensar com o signo da compreensão. São Bernardo do Campo, SP: Editora Metodista, 2019, p. 147-161.

SOUSA, M. A. 2011. Nietzsche: para uma crítica à ciência. São Paulo: Paulus.

VENTURA, M. S. e MENEZES, J. E. O. 2019. O ensaio como forma possível da compreensão. IV Seminário Brasil-Colômbia de Estudos e Práticas da Compreensão. Caderno de Resumos. São Bernardo do Campo: Universidade Metodista de São Paulo. Disponível em: http://www.dacompreensao.com.br/wp-content/uploads/2019/10/programa30-10-2019.pdf. Acesso em: 17 fev. 2020.