“A procissão de milagres”: A natureza como mito e matéria na poesia colonial brasileira
DOI:
https://doi.org/10.4013/hist.2024.281.06Resumo
Esse artigo analisa uma seleção de poemas coloniais cuja temática gira em torno da experiência da natureza brasileira. Seu objetivo é estudar duas formas de representá-la: as de fundo mítico e as de fundo utilitarista. Para tanto, a expressão poética é definida como uma forma de agir sobre o mundo, meio de conhecimento, interação social e memória do processo de apropriação do meio físico. Por meio de estudos críticos embasados na historiografia da cultura e da produção de riqueza na América portuguesa, a interpretação dos procedimentos discursivos adotados por essas obras buscou avaliar a escrita sobre o ambiente tropical a partir da manipulação, em diferentes proporções, do elogio aos prodí- gios naturais do território como fonte de prazer sensorial e maravilhamento, por um lado, e da geração de bens mercantis que alimentavam o comércio mundializado, por outro. Essa análise permitiu descrever as instâncias da natureza-mito e da natureza-matéria, e observar sua vigência na cultura da época como parte da assimilação cotidiana da vida nos trópicos sob a condição colonial.
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