Estudo geomicrobiológico das esteiras coloformes da lagoa Pernambuco, Região dos Lagos (Estado do Rio de Janeiro)

Autores

  • Anderson Andrade Cavalcanti Iespa
  • Loreine Hermida da Silva e Silva
  • Cynthia Moreira Damazio-Iespa

Resumo

Este estudo dá continuidade ao levantamento da composição cianobacteriana e sedimentológica das lagoas da costa nordeste do Estado do Rio de Janeiro, Brasil, abordando os depósitos de esteiras microbianas da lagoa Pernambuco (22°55’31”-22°56’02”S e 42°20’21”-42°17’26” W). A gênese desta lagoa, como a de outras presentes na região, está relacionada à última transgressão holocênica e resulta das condições semi-áridas do clima. O objetivo deste estudo foi caracterizar a composição cianobacteriana e sedimentológica das esteiras microbianas coloformes encontrados no assoalho da lagoa. Os resultados demonstram que as famílias Chroococcaceae Nägeli, 1849, Phormidiaceae Anagnostidis e Komárek, 1988 e Synechococcaceae Komárek e Anagnostidis, 1995 são as mais abundantes nas esteiras coloformes, respondendo por 26,3 % das espécies encontradas. Entre estas, a forma filamentosa Microcoleus chthonoplastes (Thuret) Gomont, 1892, é a forma dominante. Oscillatoriaceae Gomont, 1892, Pseudanabaenaceae Anagnostidis e Komárek, 1988, Schizothricaceae Elenkin, 1934, Entophysalidaceae Geitler, 1925 e Merismopediaceae Elenkin, 1933, sucedem-se em ordem de importância, com proporções variáveis entre 5% e 2,5%. Restos esqueletais de moluscos, foraminíferos e ostracodes encontrados associados constituem a fonte de carbonato de cálcio que, junto com os sedimentos, garantem a estrutura das esteiras.

Palavras-chave: cianobactérias, esteira coloforme, lagoa Pernambuco, Rio de Janeiro State, Brazil.

Downloads

Publicado

2021-06-08

Edição

Seção

Artigos