Políticas de neutralidade no imaginário tecnológico contemporâneo: YouTube e a figura do criador

Autores

  • Simone Cunha Pós-doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense (PPGCOM/UFF).

DOI:

https://doi.org/10.4013/fem.2020.223.04

Resumo

Em meio a debates sobre o papel político, econômico e social de plataformas digitais, o artigo discute estratégias adotadas por empresas de mídia e tecnologia na articulação de posições de neutralidade. Para isso, apresenta-se um estudo de caso sobre o YouTube e a disseminação da figura do criador (de conteúdo). A partir da análise de comunicados da empresa, argumenta-se que a terminologia é fruto do processo de consolidação de seu modelo de negócios. Investiga-se ainda como a categorização agencia aproximações e distanciamentos entre o sistema de astros do YouTube e noções tradicionais de celebridades e mídias audiovisuais. Discute-se, assim, as implicações éticas e estéticas da popularização do criador. Conclui-se que a ênfase em sua independência e potencial criativo operacionaliza processos múltiplos de apagamento de dinâmicas características do ecossistema digital e políticas empresariais.

Palavras-chave: Influenciadores digitais. Imaginário tecnológico. YouTube. Criadores.

Biografia do Autor

Simone Cunha, Pós-doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense (PPGCOM/UFF).

Pós-doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense (PPGCOM/UFF). Pesquisadora do Laboratório de Pesquisa em Culturas Urbanas e Tecnologias (LabCult/UFF) e do Laboratório de Investigação em Ciência, Inovação, Tecnologia e Educação (CiteLab/UFF). E-mail: simone.evangelistacunha@gmail.com.

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Publicado

2020-11-18