Políticas de neutralidade no imaginário tecnológico contemporâneo: YouTube e a figura do criador
DOI:
https://doi.org/10.4013/fem.2020.223.04Resumo
Em meio a debates sobre o papel político, econômico e social de plataformas digitais, o artigo discute estratégias adotadas por empresas de mídia e tecnologia na articulação de posições de neutralidade. Para isso, apresenta-se um estudo de caso sobre o YouTube e a disseminação da figura do criador (de conteúdo). A partir da análise de comunicados da empresa, argumenta-se que a terminologia é fruto do processo de consolidação de seu modelo de negócios. Investiga-se ainda como a categorização agencia aproximações e distanciamentos entre o sistema de astros do YouTube e noções tradicionais de celebridades e mídias audiovisuais. Discute-se, assim, as implicações éticas e estéticas da popularização do criador. Conclui-se que a ênfase em sua independência e potencial criativo operacionaliza processos múltiplos de apagamento de dinâmicas características do ecossistema digital e políticas empresariais.
Palavras-chave: Influenciadores digitais. Imaginário tecnológico. YouTube. Criadores.
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