Descentralização do jogador: Minecraft e a dimensão sensorial da comunicação jogador-jogo

Autores

  • Ivan Mussa Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Vinicius Andrade Pereira Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.4013/fem.2020.223.02

Resumo

Para que a indústria dos videogames funcione e se expanda, necessita de métodos produtivos e criativos que almejam prever e prescrever as ações e comportamentos de seus jogadores. Nesse sentido, desenvolve formas de centralizar o jogador como critério-chave de todas as decisões que guiam a construção de um mundo de jogo. Em 2009, no entanto, Minecraft surge como um rompimento radical com as diretrizes da indústria, invertendo em todos os aspectos a noção de que o jogador é o centro do mundo de jogo. A proposta deste trabalho é compreender essa inversão, que chamaremos de descentralização dos jogadores. Defendemos que sua emergência expõe a necessidade de repensar epistemologicamente a conexão entre jogo e jogador. Tomamos esta tarefa como objetivo deste trabalho, tratando-a em três etapas: primeiro, definindo o fenômeno da descentralização como um tipo de tessitura conectiva entre jogador e jogo. Depois, aprofundando a dimensão material da experiência de atuação em um mundo de jogo. Por fim, radicalizando a noção de descentralização, identificando-a como força potencial em qualquer jogo.

Palavras-chave: Videogames. Minecraft. Mundos de jogo. Sensorialidade.

Biografia do Autor

Ivan Mussa, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Professor substituto do Departamento de Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Decom/UFRN) e vicecoordenador do GP Games da Intercom.

Vinicius Andrade Pereira, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Professor Doutor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPGCOM/Uerj).

Downloads

Publicado

2020-11-18