“Ninguém fala do lado assustador de ser mãe”: testemunho no Facebook enquanto ruptura de performances idealizadas da maternidade

Autores

  • Ana Luiza Figueiredo Souza Universidade Federal Fluminense (UFF).
  • Beatriz Polivanov Universidade Federal Fluminense (UFF).

DOI:

https://doi.org/10.4013/fem.2019.211.05

Resumo

Discussões sobre a maternidade têm ganhado visibilidade no Facebook. O artigo faz a análise exploratória de uma postagem da mãe, médica e cantora Júlia Rocha, possuindo como objetivos: 1) investigar que discursos têm emergido através desse “fenômeno” e como visam problematizar valores relacionados à maternidade e 2) entender o lugar de fala por meio do qual tais relatos são produzidos. Para tal, apoia-se nas preposições teóricas de Moore, Babour e Lee, Rago, Miller, entre outros autores. Ao revelar detalhes e sentimentos da rotina materna que, segundo a própria autora, são escondidos pelas demais mães, a postagem se constrói como “autêntica”, bem como um relato capaz de criar identificação por parte de outras mães. Assim, configura um testemunho pessoal que promove a ruptura de performances idealizadas da maternidade, atreladas a aspectos como cuidado dos filhos, de si e do casamento.

Palavras-chave: Maternidade. Ruptura de performance. Facebook.

Biografia do Autor

Ana Luiza Figueiredo Souza, Universidade Federal Fluminense (UFF).

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFF.

Beatriz Polivanov, Universidade Federal Fluminense (UFF).

Professora adjunta do Departamento de Estudos Culturais e Mídia e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFF.

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Publicado

2018-10-15

Edição

Seção

Artigos de Temáticas Livres