O boné do MST na cabeça presidencial: uma leitura semiótica
Resumo
Por que o ato de o Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva usar o boné do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST – em reunião com os seus integrantes, em julho de 2003, teve tanta repercussão na mídia? Seguindo a perspectiva da semiótica triádica de Peirce, este artigo analisa o efeito semiótico do signo, tendo como material empírico notícias, comentários e editoriais da imprensa brasileira. O trabalho mostra que a geração de tantos efeitos de sentido se deve a sua dimensão icônico-indicial inserida na dimensão simbólica, pois o julgamento do comportamento do presidente se deve mais ao sentido geral que o ato conferiu ao MST, de reconhecimento deste como interlocutor ou ator legítimo. Como normalmente aparece na imprensa como “marginal”, a cordialidade do governo contrastou com esse significado habitual, dando-lhe um novo sentido.
Palavras-chave: semiótica, efeito de sentido, MST.Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Concedo a Revista Revista Fronteiras - Estudos Midiáticos o direito de primeira publicação da versão revisada do meu artigo, licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista).
Afirmo ainda que meu artigo não está sendo submetido a outra publicação e não foi publicado na íntegra em outro periódico e assumo total responsabilidade por sua originalidade, podendo incidir sobre mim eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do mesmo.
Também aceito submeter o trabalho às normas de publicação da Revista Fronteiras - Estudos Midiáticos acima explicitadas.