Dispositivo interacional, interseccionalidade e biopotência: Nath Finanças, entre a autovalorização e a promoção da precariedade

Autores

  • Pâmela Guimarães-Silva Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.4013/fem.2021.231.08

Resumo

Neste artigo, apresentamos a persona Nath Finanças, um projeto da estudante de administração e educadora financeira Nathália Rodrigues, para produzir conteúdos de educação financeira para pessoas de baixa renda em redes sociais, iniciado em fevereiro de 2019. Entendemos a atuação e presença digital como um dispositivo interacional (BRAGA, 2020) na medida em que ela organiza quadros de sentido e os modos de vida. Esse ano, o projeto Nath Finanças passou por um episódio em que foi vítima de escárnio, protagonizado pelo jornalista Luis Nassif.  As críticas, que tiveram apoio de outros internautas anônimos, colocaram em questão o limite entre autovalorização e promover precariedade. Tal questão se tornou o problema central deste artigo. Assim, o desenvolvemos a partir dos conceitos de biopotência (PELBART, 2002) e de interseccionalidade (CRENSHAW, 1989). Concluímos que o ataque apenas reflete uma recusa social à hermenêutica que considera os marcadores sociais de diferenças como cruciais para entender as interações e promover justiça social.

Palavras-chave: Biopotência. Interseccionalidade. Dispositivos interacionais.

Biografia do Autor

Pâmela Guimarães-Silva, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFMG (PPGCOM/UFMG).

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Publicado

2021-04-26

Edição

Seção

Artigos de Temáticas Livres