Emoções quotidianas e emoções éticas em Aristóteles e Heidegger
DOI:
https://doi.org/10.4013/fsu.2020.212.11Resumo
Este artigo estuda um aspeto da relação entre emoções e ética que é geralmente negligenciado no recente debate sobre emoções morais. Ao focar o contributo das emoções comuns ou quotidianas para o desenvolvimento de comportamentos ou atitudes morais, tal debate perde de vista o lado emocional da própria atitude ética e a forma como ela envolve emoções diferentes, especificamente éticas. Em contraste, tais emoções desempenham um papel importante no pensamento de Aristóteles e Heidegger. Como se mostrará, ambos identificam emoções que estão intrinsecamente ligadas à ética em sentido lato e são estruturalmente diferentes das emoções quotidianas. Além disso, ambos caracterizam os dois tipos de emoção de forma semelhante: enquanto as emoções quotidianas envolvem uma forma limitada de atividade e se referem a um domínio objetivo mais imediato, as emoções propriamente éticas resultam de uma forma superior de atividade e abrem para um domínio mais vasto ou até mesmo para realidade no seu todo, tendo assim um carácter metafísico. O estudo desta distinção e do que está implicado nela permitirá compreender melhor não só as emoções em geral, mas também a dimensão emocional da vida ética.
Palavras-chave: afeção, disposição, virtude, autenticidade, metafísica.
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