Teoria semântica davidsoniana e ciência cognitiva da religião

Autores

  • Mark Quentin Gardiner Mount Royal University
  • Steven Engler Mount Royal University

DOI:

https://doi.org/10.4013/fsu.2018.193.13

Resumo

Este artigo investiga o quanto a ciência cognitiva da religião (CCR) e o holismo semântico de Donald Davidson (HSD) se harmonizam. Primeiro caracterizamos a CCR, a semântica filosófica (e mais especificamente o HSD). Notamos, então, uma tensão prima facie entre a CCR e a visão do HSD sobre a Autoridade da Primeira Pessoa (que sabemos o que significa quando falamos de uma forma que não fazemos quando os outros falam). Se a CCR estiver correta em afirmar que as causas da crença religiosa estão localizadas nos processos cognitivos da mente/cérebro, então os membros de dentro da religião podem não ter ideia do que estão falando: somente o acadêmico da CCR teria a chance de saber o que eles realmente querem dizer. O artigo argumenta que a resolução para este problema é levar a sério a rejeição do HSD à bifurcação semântica, rejeitando especificamente a ideia de que as linguagens religiosa e não-religiosa podem ser nitidamente distinguidas. Concluímos com as seguintes afirmações: (i) processos neurais/psicológicos cognitivos comuns são explicitamente relevantes em teorias de significado propostas para qualquer discurso, e (ii) esses processos precisam de suplementação semântica com referência a fatores externos e naturalistas (biológicos, culturais, ambientais, etc.).

Palavras-chave: ciência cognitiva da religião, teoria cognitiva, holismo, semântica, filosofia da linguagem, ciências da religião, teoria da religião.

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Publicado

2018-12-18

Edição

Seção

Dossier