Gilberto Gomes é mesmo um compatibilista?
DOI:
https://doi.org/10.4013/fsu.2018.193.01Resumo
Este artigo tem como tema o trabalho de Gilberto Gomes sobre o livre-arbítrio. Em umasérie de contribuições que tiveram um impacto significativo na respectiva literatura, Gomeselaborou uma concepção sobre o livre-arbítrio e argumentou que sua existência é consistentecom descobertas científicas recentes, especialmente na neurociência. Neste artigo,questiono uma afirmação de Gomes sobre sua concepção sobre o livre-arbítrio, a saber,que se trata de uma concepção compatibilista. Busco mostrar que Gomes não usa o termo“compatibilismo” como é habitual na literatura contemporânea sobre o livre-arbítrio,isto é, como a tese segundo a qual o livre-arbítrio pode existir ainda que o determinismoseja verdadeiro. Ademais, a concepção sobre o livre-arbítrio desenvolvida por Gomes tem,efetivamente, um compromisso incompatibilista. Argumento que, mais do que uma meraelucidação terminológica, reconhecer o elemento incompatibilista presente na propostade Gomes suscita questões importantes sobre os detalhes da proposta e também ajuda areconhecer uma limitação de sua defesa da existência do livre-arbítrio.
Palavras-chave: livre-arbítrio, determinismo, compatibilismo, incompatibilismo.
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