Redesenhando a natureza humana: bioaprimoramento moral e a busca pela resolução de conflitos políticos
DOI:
https://doi.org/10.4013/fsu.2016.173.16Resumo
A tese segundo a qual conflitos políticos decorrem do caráter egoísta da natureza humana é uma ideia bastante antiga. Essa tese perpassa a obra de autores tão diversos como Hobbes, Freud e Morgenthau. Essa tese foi também recentemente retomada no debate sobre o bioaprimoramento moral. Os defensores do bioaprimoramento moral sustentam duas teses: (i) a biotecnologia poderia ser utilizada para modificar a natureza humana, tornando as pessoas mais cooperativas e menos egoístas; e (ii) um incremento da disposição para a cooperação social, para a benevolência e para a empatia reduziria a ocorrência de conflitos políticos violentos na arena internacional. Neste artigo, eu proponho que a primeira tese pode ser verdadeira, mas disso não se segue que conflitos políticos na arena internacional possam ser contornados por meio da biotecnologia. A tese que defendo é que o bioaprimoramento moral da humanidade não reduziria a probabilidade de que ocorram guerras nucleares, bioterrorismo ou cyber-attacks no futuro.
Palavras-chave: bioaprimoramento moral, natureza humana, realismo, Hans Morgenthau, Estado mundial.
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