Filosofia da natureza e idealismo objetivo: uma leitura da postura sistemática de Hegel segundo D. Wandschneider e V. Hösle
Resumo
A filosofia entendida enquanto reflexão transcendental por Kant e a emergência das ciências modernas autônomas da natureza fizeram desaparecer do cenário filosófico a filosofia da natureza como ela foi conhecida na tradição do idealismo objetivo. Assim, sua retomada no idealismo alemão com Schelling e Hegel constitui na modernidade uma grande renovação frente à forma de filosofia inaugurada por Kant e Fichte. É possível para nós hoje, depois de Kant e da teoria analítica das ciências do século XX, compreender o significado teórico de tal proposta de compreensão da natureza? Um fato significativo é que a renovação dos estudos hegelianos no século passado, com raríssimas exceções, deixou de lado a retomada da filosofia da natureza do sistema hegeliano, o que só veio acontecer na década de 70. A intenção deste ensaio é a concentração na questão sistemática: por que o idealismo objetivo implica uma filosofia da natureza no sentido da tradição e em que sentido esta proposta se distingue tanto de uma filosofia transcendental da natureza quanto da teoria analítica das ciências naturais.
Palavras-chave: Hegel, idealismo objetivo, filosofia da natureza.Downloads
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