Um lugar para o perdão no contexto da moralidade pública

Autores

  • Judith Baker

Resumo

Este artigo afirma que o perdão dado por um ser humano a outro não é uma transação meramente pessoal, mas tem uma natureza social ou pública. Isso leva a uma compreensão melhor do perdão interpessoal e torna mais fácil reconhecer e entender atos políticos de perdão. Tal compreensão explica, e possivelmente reinterpreta, a autoridade especial da vítima no ato de perdoar. A autoridade da vítima gera perplexidade, uma vez que a maioria das infrações não é meramente pessoal, mas é moral. Essa perplexidade leva a um voltar-se para a comunidade moral e situa a noção de reconciliação e o desejo de restabelecer as relações humanas no centro desse conceito. Porém, a reconciliação em si não é perdão, e qualquer análise adequada deve reconhecer a importância crucial tanto dos julgamentos do caráter do infrator quanto das atitudes para com ele. Não obstante, o perdão não é simplesmente uma história subjetiva a ser contada em termos dos pontos psicologicamente fortes ou fracos de um indivíduo. Também precisamos examinar atos políticos e públicos de perdão. Uma explicação dos atos políticos de perdão poderia nos ajudar a obter maior clareza sobre a natureza do perdão pessoal.

Palavras-chave: moralidade pública, perdão público, reconciliação, autoridade da vítima.

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Publicado

2021-06-04

Como Citar

BAKER, J. Um lugar para o perdão no contexto da moralidade pública. Filosofia Unisinos, São Leopoldo, v. 9, n. 2, p. 107–119, 2021. Disponível em: https://revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/5350. Acesso em: 11 maio. 2025.

Edição

Seção

Artigos