Filosofia da natureza nos estóicos
Resumo
O autor versa, neste artigo, alguns aspectos da filosofia da natureza do estoicismo, desde Zenon de Cítio, fundador da Filosofia do Pórtico, até ao imperador-filósofo, Marco Aurélio. Para os estóicos, a filosofia da natureza, numa visão global, inclui antropologia filosófica e filosofia da religião. Exposta, brevemente, a divisão e os principais representantes do Pórtico, o autor ocupa-se da intrigante questão, de permanente atualidade, também levantada pelos filósofos do estoicismo: o mundo é eterno ou não? A resposta bifurca-se em duas concepções diversas. Na apresentação dos quatro reinos da natureza vivente, Deus, que sinonimiza com lógos, não é esquecido. Ao mesmo passo, numa perspectiva holística, ao estoicismo é atribuído o epíteto de monoteísta. Da existência de um Deus que é Pai dá-nos testemunho o famoso hino de Cleantes a Zeus. Enfatizada é a sympátheia tôn hólôn, que remonta a Heráclito. Ela nos apresenta o cosmo como um grande corpo em que tudo interage. Sobre a ekpýrôsis ou conflagração universal o autor faz considerações a respeito do eterno retorno, sem vislumbre de transcendência. Também ao inexorável fatum é dedicada uma referência vinculada à liberdade interior proclamada pelos estóicos. Ao término, são apresentadas breves considerações a respeito da atualidade da filosofia estóica.
Palavras-chave: filosofia da natureza, lógos, sympátheia tôn hólôn, destino, conflagração universal.Downloads
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