Sobre a verdade como fonte do bem: uma reinterpretação do ser ao dever ser
DOI:
https://doi.org/10.4013/5023Resumo
É tendência das filosofias chinesas e ocidentais darem respostas diferentes à relação ser/dever ser. Essas disputas fornecem uma visão mais ampla para que seja possível reexplorar a velha questão de maneira mais frutífera. Distinções claras entre o juízo da realidade subjetiva e objetiva do fato, entre o juízo do valor subjetivo e valor objetivo são os pré-requisitos. Um juízo subjetivo do fato, uma declaração afirmativa, é constituído por dois elementos: a pessoa ou poder de julgar, e o objeto julgado, ou seja, o fato objetivo. O objeto em si funciona como o critério de verdadeiro ou falso para o julgamento do fato. Um juízo de valor subjetivo, uma declaração imperativa, consiste em três elementos: a pessoa ou o poder de julgamento, o objeto julgado ou o fato objetivo, e o terceiro elemento, que é algo diferente do objeto julgado e funciona como critério para a tomada de juízos bons ou maus. O terceiro elemento do juízo de valor é a essência da distinção is/ought (é/deve) e também a fonte do que convém. Outras análises sob diferentes tipos de juízos de valor mostram que essa fonte deveria ser fundamentalmente e essencialmente factual. A relação de adequação objetiva existente entre o objeto julgado e o terceiro elemento é considerada como o último fundamento factual de juízo de valor. A reunificação final é e deve ser feita em relação factual de aptidão enquanto a diferença entre elas é/deve ser reside apenas nas perspectivas para descrever a relação. Então, fundamentalmente, ought só pode ser derivado de is enquanto o bem flui da verdade. Tal conclusão apoia a tese do conexionismo chinês entre is e ought, que objetifica a verdade sobre o bem.
Palavras-chave: ser/dever, juízo de dois elementos/juízo de três elementos, o terceiro elemento, verdade/bem.Downloads
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