Liberalização no comércio internacional
DOI:
https://doi.org/10.4013/4641Resumo
Um dos argumentos vigorosos contra o livre comércio afirma que ele é um jogo de soma zero. Por causa de diferenças no custo da produção, o capital tende a se concentrar em alguns países, e os ganhos acumulados como resultado desse processo numa região do mundo são obtidos às expensas de outra região. Isto é, o livre comércio poderia ter alguns efeitos positivos sobre o bem-estar das pessoas num lugar, mas isto ocorre porque leva a uma redução do bem-estar das pessoas em outro lugar. Neste artigo, sustento que, por razões conceituais, a suposta ligação causal entre a liberalização do comércio internacional e seus impactos negativos sobre o bem-estar das pessoas dificilmente é sustentável, embora as relações comerciais contínuas entre países exibam um quadro de soma zero. A liberdade de comércio poderia ser defendida com base na igualdade de oportunidades dos produtores para entrar no mercado e com base na liberdade de escolha dos consumidores na compra de bens e serviços, além de considerações sobre o uso eficiente dos recursos.
Palavras-chave: livre comércio, globalização, corporações multinacionais, consumidor, eficiência, igualdade de oportunidades, liberdade de escolha.
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