Usando a teoria das virtudes para definir ciência e conceitos relacionados
DOI:
https://doi.org/10.4013/fsu.2025.262.01Palavras-chave:
virtude, ethos científico, phonesis.Resumo
Meu objetivo neste artigo é construir definições para o conceito de ciência e conceitos relacionados, recorrendo a conceitos de uma teoria de ética normativa: a teoria das virtudes. Na seção 1, introduzo alguns dos conceitos centrais da teoria aristotélica das virtudes e explico como tal teoria pode ser adaptada de maneira proveitosa no contexto da filosofia da ciência. Na seção 2, recorro ao conceito de virtude intelectual para caracterizar a ciência e ao conceito oposto de vício intelectual para caracterizar a pseudociência. Também ofereço uma caracterização de boa e má ciência a partir da definição de ciência, e construo definições de anticiência, protociência e ciência emergente em termos de theriotes, akrasia e enkrateia, respectivamente, e apresento algumas vantagens de minha teoria, incluindo sua capacidade em acomodar fatores psicológicos e sociais no desenvolvimento científico. Na seção 3, apresento e discuto dois projetos demarcatórios recentes assemelhados à minha proposta, enfatizando o que as distingue de minha teoria e o que penso serem as vantagens de minha teoria. Por fim, considero e respondo a uma objeção. Concluo argumentando que, se a teoria aqui exposta estiver correta, então a lição de Zagzebski à epistemologia se aplica igualmente bem à filosofia da ciência.
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