Reconhecimento antipredicativo como impropriedade de si em Michel de Certeau e Vladimir Safatle
Palavras-chave:
reconhecimento, impropriedade, Certeau, Safatle.Resumo
O artigo trata do reconhecimento antipredicativo proposto por Vladimir Safatle em O circuito dos afetos (2015). Para ilustrar esse processo, partimos da análise de Michel de Certeau, em A fábula mística (2015), da história de inversão liminar da figura paterna do abade Pitéroum diante da monja Salê, alguém “sem nome” e trabalhadora da cozinha de um mosteiro de 400 irmãs que a menosprezam. A loucura simulada de Salê sinaliza a impropriedade de si como chave de um reconhecimento distinto daquele contratual e vinculado a uma lógica burguesa de produção capitalista. Num segundo momento do texto, a impropriedade de si na multidão transcende a marca identitária de diferença por um corpo público e comum, associado ao proletariado como síntese conceitual da escória social de loucos, vagabundos, boêmios etc.
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